Caso vença as eleições, Patrick Morais de Carvalho define, em entrevista a O JOGO, a reformulação do Complexo do Restelo como uma das prioridades do terceiro mandato
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A revitalização do Complexo do Restelo já está em marcha. Depois da aprovação do Pedido Prévio de Intervenção (PIP) na Câmara Municipal de Lisboa em 2016, o clube já cedeu uma das parcelas ao Lidl e as obras podem já iniciar este mês. "Há um masterplan, que parte do PIP, que aprova o uso e as volumetrias que podem ter cada espaço. Sabemos o que podemos fazer em cada local. Para nós é prioritário reforçar as infraestruturas desportivas e modernizar as mesmas e o que temos acordado com a autarquia é fazer o complexo de lazer mais moderno da cidade Lisboa e atrair mais gente para a prática desportiva", ressalvou Patrick Morais de Carvalho.
O presidente explica que vai "nascer uma nova centralidade com o Lidl e Repsol" e que "avenida ao pé do Estádio vai ganhar um novo valor comercial". No que diz respeito a infraestruturas desportivas, "vai ser criado um novo pavilhão que corresponda às necessidades das diferentes modalidades e um edifício com uma nova piscina". "Quando encerramos as piscinas em 2011, perdemos 10 mil sócios. Sabemos que vai difícil arranjar um parceiro que construa uma piscina de 50 metros, porque estas não são rentáveis. Há uma maior probabilidade de se construir duas de 25 metros, o que também não é o ideal para a nossa competição", sublinhou.
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Em relação ao futebol, será feita uma revitalização dos campos nº2 e nº3, enquanto o estádio pode sofrer uma remodelação, principalmente ao nível das bancadas. "Queremos que cada parcela do complexo seja feita por um parceiro e quem fizer as edificações tem de ter como obrigatoriedade construir infraestruturas desportivas", elucida Patrick Morais de Carvalho.
O projeto contempla ainda uma clínica de reabilitação, um centro de estágio e um colégio.
Clube estável financeiramente
Patrick Morais de Carvalho não tem dúvidas de que o Belenenses está melhor agora do que em 2014, ano em que assumiu a presidência. "Nessa altura, havia só 400 euros em todas as contas e um PER que parecia impossível de cumprir com as receitas que o clube tinha", recorda.
Além do PER, o clube ainda tinha uma dívida à Oitante, que já foi liquidada. "A venda da parcela do Lidl permitiu para pagar a dívida à Oitante e conseguimos levantar a penhora que havia do Complexo do Restelo. Neste momento, já conseguimos também liquidar as nossas dívidas à Autoridade Tributária e à Segurança Social", acrescenta Patrick Morais de Carvalho.
O dirigente sublinha ainda que "desde há quatros os funcionários têm os salários em dia" e destaca a resolução do problema do bingo. "Apesar de termos fechado durante a pandemia, está numa situação estável. Em 2019, conseguimos obter uma licença de 20 anos e é o segundo bingo do país com mais lucro", realçou Patrick Morais de Carvalho.