Julen Lopetegui explicou as razões que o levaram a aceitar o FC Porto e os primeiros passos como treinador.
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Numa longa entrevista ao Porto Canal, Julen Lopetegui mencionou os motivos que o levaram a aceitar o desafio FC Porto. "Principalmente a paixão pelo projeto que me propuseram, a esperança e a força que havia para traçar um caminho juntos. Isso foi decisivo, junto com o objetivo enorme de poder treinar e ser responsável num clube tão grande", explicou o espanhol, recordando o arranque do trabalho, sobretudo no que toca à constituição do plantel.
"Buscámos as alternativas mais convenientes ao estilo que queríamos implantar. O calendário era o que era. Tivemos de trabalhar depressa para nos adaptar ao que precisávamos. Os jogadores entenderam isto. O início foi melhor do que esperávamos", recordou.
Rúben Neves foi a grande surpresa do plantel. "É um rapaz que conhecia dos sub-17 portugueses. Quando o vimos ao vivo decidimos que ficava connosco. Ser jovem não é nenhum pecado, mas é uma condição. A sua presença contrastava com inexperiência. O mérito da afirmação é dele. O Importante é que ele e outros vão crescendo, melhorando e a equipa também", declarou.
A rotatividade, tantas vezes criticada pelos adeptos, foi outro ponto com o qual Lopetegui lidou nos primeiros tempos. "O maravilhoso do futebol é discutir os resultados sem saber se um onze ou outro daria a vitória. Se um treinador soubesse que o onze que usa não vai ganhar não o usaria. Eu queria um plantel sólido. As competições precisam disso. Sei que jogue quem jogar, a equipa será sólida. Esse é um dos objetivos de um treinador. Não é novo. É uma coisa normal nos clubes que têm de dar resposta a várias competições. E é boa para a competitividade interna. Quem fala depois, aparentemente tem sempre razão. Nós temos de tomar decisões acreditando no que fazemos, sabendo que vai ser uma época larga e não pensando apenas a curto prazo. Nenhuma equipa se pode sustentar com 11/12 futebolistas", rematou.