Frederico Varandas cumpriu desígnio a que se propôs e conseguiu corte substancial na massa salarial. De saída, uma equipa inteira, com especial destaque para Nani, estrela e capitão.
Corpo do artigo
Depois de Nani e Montero, com o mercado de transferências encerrado na Europa, deixarem Alvalade rumo à MLS, na terça-feira foi a vez de o Sporting dar por finda a ligação contratual com Castaignos e elevar para onze as saídas - definitivas ou temporárias - consumadas em 2019. O presidente dos leões, Frederico Varandas, assumira como objetivo para o novo ano reduzir a massa salarial e, ao verificar-se a saída de uma equipa inteira, O JOGO fez as contas: em termos globais, os onze jogadores que deixaram Alvalade a meio da época acarretavam gastos anuais brutos na ordem dos 14 milhões de euros à SAD.
Castaignos rescindiu contrato e foi o 11.º jogador a deixar Alvalade em 2019. Nani, Montero, Mané, Viviano, Marcelo, Lumor, Bruno César, Misic, Sturaro e Demiral completam a lista
Nani terá sido o caso mais surpreendente. Mas foi também aquele que mais contribuiu para a poupança verificada. O capitão leonino, internacional português e campeão europeu chegou a Alvalade a custo zero, depois de se desvincular do Valência e auferia dois milhões de euros limpos, o que equivale a dizer que implicava o pagamento anual de quatro milhões brutos por ano. Rescindiu com o Sporting e assinou, também livre, pelo Orlando City. A situação de Montero foi em tudo semelhante à do ex-17: desvinculou-se e assinou livre pelos Vancouver Whitecaps. Acarretava gastos na ordem dos 1,4 milhões. Também Marcelo rescindiu e rumou à MLS (Chicago Fire). O central vencia um milhão de euros brutos por ano. Com o mesmo vencimento, Misic não chegou a ser utilizado por Keizer e foi emprestado ao PAOK. Lumor, que implicava um encargo na ordem dos 800 mil euros anuais foi cedido aos turcos do Goztepe e Mané, que recebia 600 mil por ano, seguiu por empréstimo para o Union Berlim. Viviano, que acabou por não se estrear de leão ao peito, significava o desembolso anual de dois milhões de euros e regressou a Itália, para representar a SPAL. Bruno César, que auferia 1,5 milhões de euros anuais sujeitos à inerente carga fiscal, assinou pelo Vasco da Gama. A saída de Castaignos liberta a SAD de um encargo anual de 1,8 milhões de euros, Sturaro nunca chegou sequer a treinar na Academia e seguiu para o Génova e Demiral, que estava cedido aos turcos do Alanyaspor viu ser exercida a opção de compra e dá continuidade à carreira nos italianos do Sassuolo.
A razia foi feita sem proveitos, mas com benefícios claros.