A II Liga não foi autorizada pelo Governo a regressar e Pedro Roxo, presidente da Académica, reagiu a esse anúncio.
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A Académica, através do presidente, já reagiu ao anúncio do Governo que não autoriza o regresso da II Liga. Pedro Roxo não esconde a estupefacção, considera uma injustiça, não vai pactuar com desigualdades e pede compensações financeiras
"Ouvidas as declarações do senhor Primeiro Ministro não podemos deixar de manifestar a nossa estupefacção pela medida adotada da não conclusão da II Liga. O desinteresse e a diferenciação negativa de sociedades e seus sócios que como a Académica têm mais de uma centena de anos é lamentável. O senhor Primeiro Ministro refere que só a I Liga tem condições para ser concluída e refere que foi entregue ao Governo um protocolo pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional. Pelo que nos é dado a conhecer os clubes da II Liga estão incluídos nesse protocolo. A Liga é única, as regras são iguais para todos, tais como os regulamentos de competição e não diferenciam os clubes de I e II Liga", refere.
"Estranhamos que depois dessa reunião de terça-feira, o Governo venha dizer que lhe foi comunicado que apenas a I Liga tinha condições para continuar, quando os clubes da II Liga fazem parte e são obrigados a respeitar as mesmas regras da I Liga. Assim, não conseguimos alcançar a razão porque estão reunidas condições para a conclusão da I Liga e não da II. Para nós esta decisão não tem nada a ver com saúde publica", assume Pedro Roxo em declarações a O JOGO.
Perante isto, o dirigente academista não tem dúvidas de que "os clubes da II Liga terão de ser compensados pelas avultadas perdas e poderão ter de tomar medidas com impacto na sociedade pela impossibilidade dos seus trabalhadores continuarem a exercer a sua atividade". "Os clubes da II Liga sentem-se mal tratados e marginalizados quando na realidade seguramente teriam muito mais motivos para serem apoiados do que marginalizados. Falarei com os colegas da I e da II Liga, certamente que haverá solidariedade entre todos e teremos de tomar uma posição firme e forte perante aquilo que consideramos ser uma injustiça", afirmou.