Cedido pelo Benfica ao Dijon, Cádiz acalenta a esperança de jogar pelas águias, mas revela também que é muito querido no clube francês.
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Interesse do Benfica: "Havia outras ofertas mas não formais. Dei a minha palavra ao Benfica em abril, ficou acordado que ia para lá. Se chegou outra oferta, o meu empresário não me disse. Na semana após a partida contra o Benfica, onde marquei na Luz, reuniram-se em Setúbal com o meu empresário para dizer que me queriam. Fiz um bom jogo, marquei. Desde o início do ano e durante três meses era o único que marcava no Vitória..."
Assinou pelo Benfica e foi cedido ao Dijon: "Na primeira semana tinha-me lesionado no Benfica, tive uma recaída e tive de parar mais duas semanas. Não era o que esperava. A 27 de agosto em Portugal estava a treinar com o Benfica e a 30 já tinha de jogar pelo Dijon. Foi muita carga e acabei por recair da lesão e não pude jogar o primeiro jogo lá".
Passagem pelo V. Setúbal: "Apareceu o V. Setúbal e fiz o melhor ano da minha carreira, não só pelos golos. É uma equipa muito grande mas que, com problemas ao longo dos anos, foi perdendo a imagem de clube ganhador. Na segunda metade da época marcava em todos os jogos, ia a um restaurante com a namorada e não pagava, era reconhecido em todo o lado na cidade. Tenho um carinho muito grande pelo Vitória e os seus adeptos".
Entrada em Portugal pela porta da Madeira: "Estava a fazer a pré-temporada no Caracas e o empresário veio com uma proposta de um clube que tinha subido de divisão, que me queria. O Caracas aceitou e fui para o União da Madeira. Depois fui para o Nacional mas não foi um bom ano, lesionei-me logo na primeira partida, parti o quinto metatarso do pé esquerdo. Depois, em março, voltei a partir o quinto metatarso mas do outro pé. Foi um ano para esquecer, complicado".
Sobre o Moreirense: "Não estava feliz e quando é assim as coisas não correm bem. Fui para o Monagas e foi das melhores decisões que tomei, fiz golos e isso ajudou muito".
Adaptação a França: "Muito mais físico, há muita ascendência de africanos que vêm jogar para aqui e eles têm um futebol muito físico, muito rápido. Qualquer equipa pode ganhar às outras, tirando duas ou três, todas são muito niveladas".
Marcou o primeiro golo ao PSG: "Foi o golo mais importante da minha carreira, por aquilo que significou. Estávamos em último, tivemos um arranque muito mau. Ganhámos e foi a primeira vez do Dijon a ganhar ao PSG, foi uma semana muito boa. Foi um grande esforço, ao minuto 80 custava respirar, tinha dores nas costas, mas no fim sentimos que o trabalho da semana valeu a pena. Os fãs daqui continuam a mandar mensagens, que querem que volte. O estádio tem 15 mil lugares e tínhamos sempre dez ou onze mil pessoas nos nossos jogos".
Contacto com José Peseiro, selecionador da Venezuela: "Já falei com José Peseiro duas ou três vezes, ele pergunta-me como estou. Às vezes liga só a perguntar pela família, por causa da pandemia. Já o conhecia de vista, é bom para a seleção e espero que ajude a cumprir o sonho de todo um país. A seleção é tudo para mim, em todos os sentidos".