Sérgio Conceição tem todos os titulares com mais carga nas pernas do que em toda a época passada. Brahimi é a única exceção de uma equipa que mudou menos do que em 2017/18.
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O FC Porto chega a esta fase da temporada mais desgastado do que na época passada e os minutos de utilização acumulados pela maior parte dos jogadores que alinharam em Vila do Conde comprovam-no. À exceção de Brahimi, todos os outros elementos surgem com mais tempo de jogo nas pernas [ver infografia abaixo]. E isso também ajuda a explicar alguma quebra nas últimas semanas.
Herrera e Corona são os jogadores de campo claramente mais utilizados do que na época passada: o médio já fez mais oito e o extremo mais nove.
Sérgio Conceição vem repetindo várias vezes a ideia de não gerir o desgaste dos jogadores, argumentando que o momento competitivo que a equipa atravessava não o permitia. Mas a verdade é que Corona (mais 1268') e Herrera (mais 736') - só para citar os casos mais gritantes - chegam a esta fase com mais nove e oito jogos do que na época passada, respetivamente, e surgem entre os que mais baixaram a intensidade nos últimos jogos.
No caso de Tecatito, o calendário obrigou mesmo a que jogasse infiltrado em alguns jogos. Danilo (mais 699') também soma mais nove jogos, mas neste caso será bom recordar que o médio esteve vários meses afastado na época passada por causa de uma rotura do tendão de Aquiles.
Alex Telles é o jogador do plantel com mais tempo de jogo (4452") e soma mais 430 minutos do que em 2017/18
Quando ainda faltam disputar mais três jornadas e a final da Taça de Portugal, o FC Porto leva 53 jogos, mais um do que em toda a temporada passada. No entanto, o desgaste atinge os jogadores todos e até Alex Telles - mais utilizado do plantel, com 4452 minutos nas pernas - soma mais 430 minutos por esta altura.
Ainda na defesa, Felipe soma mais 506 minutos. Neste sector é bom lembrar que Militão chegou do São Paulo com ritmo competitivo e 3133'. Pepe também já jogou mais 178' esta época do que em 2017/18. Na frente, nunca será de mais lembrar que a lesão de Aboubakar reduziu as opções, mas também Marega e Soares acumulam mais 275 e 763 minutos, respetivamente.
São 53 os jogos que o FC Porto soma, mais um do que em toda a temporada da época passada. Faltam três jornadas do campeonato e a final da Taça.
Suplentes tiveram menos tempo
Sérgio Conceição tem insistido nos elogios ao trabalho das técnicas do departamento médico e dos preparadores físicos na recuperação dos jogadores. Também aqui, os números traduzem menor rotação no onze. Esta temporada, dois dos três suplentes mais utilizados jogaram bem menos, em média, do que os três suplentes mais utilizados na campanha anterior.
Esta época, à exceção de Óliver (jogou uma média de 58'), Fernando e Hernâni jogaram, em média, 33' e 21', respetivamente. Em 2017/18, Soares, André André e Óliver (os três mais utilizados) jogaram, em média, 50, 41' e 55', respetivamente.