ENTREVISTA (parte 4) - Boa forma de Óliver no Sevilha tem muito que ver com a liberdade que lhe dá Fernando, outro ex-FC Porto
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Rony Lopes, Diego Carlos, Daniel Carriço [saiu, entretanto, para o Wuhan], Nolito, Gudelj e Fernando são as outras caras conhecidas de um Sevilha que começou por ser sensação e atualmente só está atrás de Barcelona e Real Madrid na classificação.
As coisas no Sevilha parecem estar a corre bem. Joga, está em terceiro lugar, mantém-se na Liga Europa...
-Estou feliz com a época que estamos a realizar. Sevilha é parecido com FC Porto em matéria de muita exigência. Aqui é como no Porto, temos sempre que ganhar. Há muitos bons jogadores, que ganharam muitas coisas. Sabia que no início não seria fácil impor a minha forma de jogar, mas tinha a sorte de o mister me conhecer e saber o que eu poderia acrescentar. Acho que tenho estado numa boa versão de mim, tenho jogos muito bons. E na estatística também: levo quatro golos e cinco assistências, o que é muito bom para ser primeiro ano. E ainda faltam 13 jogos.
Joga no mesmo meio-campo do Fernando, outro histórico do FC Porto. Já falaram sobre o clube?
-Estamos sempre a falar sobre o FC Porto. Com Gudelj falo do Sporting. Estamos sempre na brincadeira. É um sorte jogar com Fernando ao lado. Agora percebo porque lhe chamam "O Polvo". É incrível e dá-me muita liberdade para fazer o melhor que sei, que é ser dinâmico, procurar a bola. Se o meu trabalho corre bem é porque tenho pessoas atrás muito boas, como eles. Fernando é uma referencia também a nível pessoal, por tudo o que conseguiu, pela forma como se cuida e pela ambição que mantém. É um grande ser humano.
Principal desejo no Sevilha,: manter o terceiro ou ganhar Liga Europa?
-O objetivo principal é ficar em terceiro e ir à Champions, que é muito importante para o clube. Claro que queremos fazer o melhor na Liga Europa, temos dois jogos muito complicados com a Roma. Na época passada já a eliminei pelo FC Porto e espero que possa repetir no Sevilha comigo a ser importante.
Se ganhar a Liga Europa, volta ao Dragão para jogar Supertaça europeia. Já pensou nisso?
-Oxalá. Não sabia, por acaso. Seria o melhor cenário possível. Ganhar a Liga Europa com o Sevilha e jogar a Supertaça no Dragão seria incrível.
"Ganhar a Liga Europa com o Sevilha e jogar a Supertaça no Dragão seria incrível"
O futebol vai mudar muito com esta crise? Para já começará sem público...
-O futebol é dos adeptos e para eles e não faz muito sentido jogar sem eles. É uma situação nova, mas se as autoridades sanitárias aconselham que isso é o melhor, temos de aceitar... Tenho a certeza de que depois vão voltar ainda com mais vontade aos estádios.
Não tem receio de voltar aos treinos do grupo?
-Eu não. Antes falar com O JOGO estava a conversar com os meus companheiros de equipa por videochamada e estava dizer-lhes que preciso de dar um abraço a um colega, de tocar neles, de fazer alguma coisa. Tenho na minha cabeça que, no momento em que me disserem que estou apto para jogar futebol e para poder treinar, vou a cem por cento para tudo, sem receio. Oxalá nunca aconteça mais nada. Acredito que tudo será muito bem tratado.
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