Interesse da Roma em Abel Ruiz é real mas pouco claro quanto a avanços. Certo é que o Braga fecha portas a negociações conclusivas antes do desfecho do play-off com Panathinaikos; António Salvador recusou propostas por Matheus e despachou para números de respeito abordagens por Al Musrati e Abel Ruiz. Este Braga não está vendedor, mantendo foco total nos milhões da Champions.
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A cobiça da Roma por Abel Ruiz é mais uma frente aberta quanto à capacidade de atração de algumas estrelas do Braga. Assim foi também com as propostas sucessivas do Notthingham Forest a Matheus ou a sondagem do Atlético Madrid para a aquisição de Al Musrati. Aqui residem três fortíssimos esteios dos minhotos, imprescindíveis para Artur Jorge, que já avisou não contar perder qualquer jogador até final do mês, e que têm sido inegociáveis para António Salvador, embora o inegociável seja relativo, pois há sempre verbas que podem alterar tudo quanto à rigidez do presidente.
De qualquer modo, a chegada ao play-off de acesso à Champions reforçou o grau de importância destes jogadores, não havendo abertura para qualquer ronda negocial conclusiva antes dos jogos com o Panathinaikos, que oferecem uma catapulta para sonhos maiores e garantem montra, prestígio e muitos milhões ao Braga, sendo um objetivo primordial para dar músculo ao crescimento das aspirações internas e externas do clube minhoto.
Apesar de haver muitos interessados e o saldo financeiro de entradas e saídas aconselhar, no plano teórico, alguma venda, o Braga não se coloca, nesta altura, como vendedor no mercado, procurando, mais do que tudo, assegurar a obtenção dos luminosos desígnios desportivos. Assim pensa Artur Jorge, tendo o técnico já garantido essa convergência de pensamento com António Salvador. Ao que foi possível apurar, o líder dos minhotos não quer ouvir falar de ofertas nestas próximas semanas, pois não pretende beliscar a estabilidade do grupo de trabalho a poucos dias de jogos tão determinantes como serão as duas mãos com o conjunto helénico. Se já despachou, sem exercício de reflexão, ofertas de 10 milhões por Matheus, de 15 por Al Musrati e de 22 por Abel Ruiz, percebe-se que só avanços muito superiores podem demover o presidente no que respeita à proteção de unidades que constituem o núcleo duro dos guerreiros, esquivando-se ao assédio, neste mercado, Ricardo Horta, que, depois de muito cobiçado pelo Benfica na temporada passada, não tem suscitado outros namoros conhecidos no presente.
As movimentações da Roma por Abel Ruiz não surpreenderam os responsáveis do Braga, que reconhecem que o espanhol é alvo apetecível em Itália entre clubes de nomeada. Faltam, agora, argumentos na mesa e a concretização do interesse em números. A cláusula de rescisão de Ruiz mete respeito: 45 M€.
A forte blindagem do Braga aos seus ativos avalia-se pela intransigência na saída de Matheus, já que foram recusadas duas propostas do Forest por um jogador de 31 anos. O guarda-redes tornou-se, aliás, o elemento com mais jogos europeus no Braga: 64.