O lado Dali de Salvador: O JOGO mostra ao detalhe a nova cidade desportiva do Braga
Líder dos minhotos sonhou e pintou a empreitada maior da sua marcante presidência. O Braga do futuro é uma casa de imponente dimensão europeia
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Atravessou-se o sonho na cabeça de António Salvador, enredado de imagens de dilatada ambição, fervendo de impulsos para transformar o quadro sonhado numa tela real para Braga admirar. De pedra em pedra, edifício em edifício, o crescimento do clube está prestes a conhecer um novo capítulo para lá da luta pela Champions e, como muitos vaticinam, pelo campeonato. Há um projeto de grandeza superior e alcance verdadeiramente embriagante para o universo bracarense. A cidade desportiva está a nascer com contornos de singular realidade, obra feita luminosa para o clube e honrosa para a cidade. Mais do que tudo, transcendente!
A partir de 4 de setembro, as valências do Braga serão esmagadoras, suplantando a esfera regional, valendo a atração nacional, pela qualificação dos recursos e dimensão da estrutura, com oferta irresistível quanto a conforto e proximidade com a vida do clube. O orgulho é tanto que quem a definiu só a sente inferior ao Seixal, do Benfica, superando em alguns detalhes Olival e Alcochete, estruturas de FC Porto e Sporting, respetivamente.
A segunda fase deste projeto ambicioso desenhado na cabeça por António Salvador está a conhecer a luz do dia e o JOGO teve oportunidade de entender o que aí vem, a visão de futuro associada e a conquista de terreno para um lugar no topo. Um bloco gigante administrativo, que albergará a loja do clube e o gabinete presidencial, um pavilhão multiusos de excelência, de comodidades vastas e com uma das maiores áreas de jogo em Portugal, e uma zona residencial para estágios do futebol profissional, estarão funcionais em menos de um mês.
É um Braga alicerçado para crescer ainda mais, cómodo nas suas aspirações, sem freio em ser grande na Europa, alimentado pela multiplicação de recursos e profusão de meios, entre os quais impera uma cuidada sensibilidade ecológica.
Aberto o pano aos equipamentos da segunda fase da cidade desportiva, esta ficará completa em 2024 com a inauguração do Campo Centenário, e suas estruturas, ao dispor do futebol feminino.
Uma nova centralidade
Numa visita guiada ao interior da obra desenvolvida nos últimos anos - a cidade desportiva é totalmente suportada pelo clube, tendo como investimento 47 milhões de euros - O JOGO pôde observar luxos e serviços com a ajuda do engenheiro João Varanda, responsável pelos trabalhos, Luís Silva, outro arquiteto, e Paulo Ferreira, homem escalonado por António Salvador para dirigir a Cidade Desportiva. Um projeto que já se iniciou com a academia e os seus vários campos de treino, que se expande agora ao futebol profissional e às modalidades, havendo uma convergência do que é o universo Braga até uma nova centralidade desportiva da cidade, uma área onde desembocará a paixão dos adeptos, um novo polo capaz de atrair mobilidade e negócios. Conjuga-se o lado estratégico, o impacto na zona envolvente e respira-se futebol, futsal, basquetebol, voleibol, não havendo descuidos com a vertente inclusiva, através de valências para a prática de Boccia, modalidade paraolímpica concorrida no clube.
Um exemplo organizativo
O Braga do futuro é um Braga que encanta pela organização e vitalidade, mas também pelo arrojo, edificando a inevitável ascensão ao topo e construído pontes para novos capítulos regados de êxito. A magnífica obra tem inteira comparticipação do clube, imaginação e determinação na íntegra de António Salvador, sendo uma adaptação célere a um passado encorajador e um presente palpitante de quem tem vencido troféus, como duas Taças de Portugal e duas Taças da Liga, e até sonhou com um sucesso europeu, através de uma final da Liga Europa perdida para o FC Porto, em Dublin, num assomo de internacionalização. Na formação, o Braga reduziu drasticamente diferenças para os ditos grandes, ombreando com eles, mais ainda desde que o futebol jovem foi acolhido por equipamentos de eleição, que já são patenteados por esta cidade desportiva a um nível global.
DADOS A RETER
// Investimento financeiro da infraestrutura é de 47 milhões de euros, montante suportado pelo Braga.
// A Cidade Desportiva está composta por 10 campos de treino.
// O Edifício Multiusos (2.ª fase) insere-se na Cidade Desportiva do Braga, num terreno total de 25 hectares.
// A área de construção total da 2.ª fase é de 30 mil m2, equivalente à área de três campos de futebol de 11; Acrescentam-se os 5 mil m2 da 1.ª fase, o que perfaz uma área total da Cidade Desportiva de 35 mil m2.
// O número médio diário de trabalhadores ao longo da obra foi de 150 profissionais.
// O aproveitamento das águas freáticas da cave do edifício permite regar os campos da Cidade Desportiva com 500 mil litros/dia.
// Os cabos de energia elétrica possuem a extensão de mais de 100 km.
// Os cabos de rede (telecomunicações) possuem a extensão de 87 km.
// Os cabos de TV têm a extensão de 15 km.
// O total das luminárias é de 1600 unidades.
// O total das câmaras de CCTV (Circuito Fechado de Televisão) é de 103 unidades.
// O número total de ecrãs LCD (Liquid Crystal Display) é de 190.
// O pavilhão polidesportivo apresenta 2.500 m2 de área de pavimento, e cor nas cortinas separadoras, as quais permitem o treino de três equipas em simultâneo (ex. basquetebol, voleibol e futsal).
// O pavilhão apresenta capacidade para 1400 lugares.
// A área residencial destinada aos atletas reúne 120 camas (55 quartos)
// O ginásio do futebol profissional é composto por área de 500 m2.
// O pavilhão multiusos exibe dois marcadores desportivos ledwall com 15 m2 cada e linha de Led com 60 metros de comprimento, na Bancada Nascente.
// Uso de painéis solares térmicos está previsto para as águas dos banhos nos balneários. Toda a iluminação e climatização é gerida através de um software que define horários para uso racional de água.
// Central fotovoltaica está pensada, estando em curso estudos para a sua implementação .
// Uma circulação elétrica está prevista entre o edifício da Cidade Desportiva e o Estádio.
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Orgulho e conforto
O futebol profissional respira futuro na Cidade Desportiva, percebendo-se nesta sequência de fotos a zona referente a hidroterapia, os banhos e massagens, bem como o impacto dos novos balneários, disponíveis para os atletas a partir de 4 de setembro, não faltando uma visão dos quartos desenhados para a zona residencial.
Guerreiros cheios de estímulos
Depois de ter investido anos a fio no alavancar da sua formação, das condições de trabalho aos quadros técnicos, o Braga tem nesta segunda fase da cidade desportiva um óbvio ponto de honra que assenta na criação de valências superiores para a sua equipa profissional, que deixará a vida quotidiana no estádio. De facto, esta obra fará com que o Braga abandone o AXA, mesmo que continuando vizinho, no novo quartel-general, encontrando abrigo, algum mimo, num espaço de última geração, capaz de oferecer um panorama anímico deveras estimulante, onde abundam pormenores de impacto personalizado. Há um novo coração a bater para o futebol profissional, passando estes dias pelos derradeiros acabamentos; um suporte de vida duradouro, que estimule a equipa ao sucesso e antecipe múltiplas páginas douradas em forma de proezas. No que nos foi dado a conhecer, a tecnologia terá, naturalmente, papel central na fabricação de estímulos diários. Haverá um espaço próprio por onde entrarão os jogadores, num check-in para as instalações. Trata-se, no fundo, do hall principal que será revestido de uma parede digital, na qual saltarão à vista mensagens alusivas a cada atleta, numa personalização norteada por rendimento desportivo no último jogo ou em indicadores de treino, como quilómetros percorridos. Acredita o clube que está aqui uma ferramenta capaz de transfigurar o astral do atleta para o treino, absorvendo incentivos individuais.
Ultrapassada a entrada, há valências que convocam admiração, estando pronto um balneário com um impacto visual fortíssimo, todo ele personalizado até um máximo de 30 atletas. Uma área que será também coberta de patrocínios para dar cor e brilho ao equipamento, estando previsto um imponente símbolo do Braga no topo. Haverá também ecrãs de dimensão significativa e monitores para apreciação de diferentes momentos de jogo, no que toca ao que serão as indicações do treinador. Outras atrações fundamentais passam por uma vasta zona de lazer, que será ajardinada, outra de repouso, um ginásio com inúmeros luxos para os atletas, não faltando também sauna, banho turco, um setor mais frio para crioterapia, uma piscina somente destinada a exercícios de hidroterapia, uma zona de futevólei em areia para reabilitação, ativação e treino com intensidade. Além do mais, haverá corredores de passagem com tributo aos heróis da história do Braga, sejam atuais, como Ricardo Horta, ou mais distantes, como Dito e Perrichon, entre muitos outros, havendo essa necessária ligação ao passado como premissa de um futuro ainda mais próspero. Não faltam também gabinetes específicos para monitorização de aspetos técnicos e físicos, bem como nutrição. Deste quartel-general faz-se igualmente um acesso direto aos campos de treino.
Esta nova área vem substituir os estágios do Braga no hotel Vila Galé, tendo a equipa profissional ao dispor todos os requisitos para se concentrar entre as suas paredes para qualquer jogo que realize, de maior ou menor envergadura, que não peça viagem na véspera. Nesse sentido, foi pensado um mini-hotel, uma zona residencial, diga-se, com 51 quartos e 115 camas, para acolher, prioritariamente, o futebol profissional, bem como para acolher transitoriamente alguns atletas que venham de fora para a equipa B ou para os sub-23. Um piso abaixo dos quartos estará o restaurante com uma cozinha de múltiplos recursos.
Pavilhão terá uma marca forte
As modalidades do Braga ganham agora uma força extra, pois o multiusos permitirá centrar recursos, além da sua grandeza estrutural para jogo e para espaço central de toda a ação do clube ao nível de desportos como basquetebol, voleibol ou futsal, sendo outra área forte para sponsorização e que receberá mesmo o nome de uma marca importante. Pela natureza das condições acústicas, poderá ser também, potencialmente, um local de concertos. As amadoras do Braga vão ter um pavilhão com equipamentos de vanguarda, numa lotação de 1400 lugares, passando a ser a referência das três modalidades citadas, reunindo uma área de jogo dificilmente comparável em Portugal. Pode gerar blocos, com cortinas, para três campos de treino. Estará servido por quatro bares e material técnico de qualidade ímpar para cobertura televisiva. È um pavilhão composto por 10 balneários, que permitirá a circulação de cerca de 2000 praticantes das modalidades principais e de outras menos favorecidas de visibilidade, como pode ser o caso do Boccia, para atletas com dificuldades físicas e motoras. Um convite à mobilidade de adeptos e familiares. O Braga ultrapassa com este equipamento o que se conhece em Portugal, oferecendo recursos únicos e uma vocação inigualável para servir as amadoras, tendo investido num piso flexível para evitar lesões e exibindo marcações próprias para três desportos. Ao dispor está ainda um ginásio acompanhado de uma divisão para fisioterapia muito acima da média.