Contratado pelos bracarenses este Verão, ao Leixões, foi no Leça que recuou de extremo para lateral direito. "Vimos que tem potencial para fazer o corredor todo", recordou o técnico
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Sequeira não deve recuperar de um problema muscular na coxa esquerda para o jogo de sábado, em Alvalade. Embora Iuri Medeiros também seja uma hipótese a considerar para ocupar a vaga na esquerda da defesa do Braga no duelo com o Sporting, Zé Carlos é a solução mais provável que Carlos Carvalhal encontrará para suprir a quase certa ausência de um dos indiscutíveis da sua estrutura. Como, aliás, aconteceu na visita ao Bessa, quando Sequeira se lesionou aos 50", entrando o ex-jogador do Leixões. Há também a possibilidade de Zé Carlos jogar no seu lugar de raiz, lateral-direito, e transitar Esgaio para o flanco oposto.
A confirmar-se a aposta no jogador de 22 anos, o estudante de fisioterapia será mais um caso de ascensão meteórica. Menos de um ano depois de ter participado num Leça-Espinho, para o Campeonato de Portugal (transferiu-se no final de janeiro para o Leixões, tendo feito cinco jogos na II Liga), poderá estrear-se num palco de um grande.
"O Zé Carlos não vai tremer", perspetivou Domingos Barros, treinador do Leça FC, que orientou o lateral em 75 jogos, incluindo na Divisão de Elite da AF Porto. "É muito equilibrado, com muita segurança em si próprio. Se for opção, esta será a primeira vez que vai jogar no estádio de um dos três grandes, o que poderá provocar alguma ansiedade, mas vai passar dois ou três minutos depois do jogo começar, porque é um atleta mentalmente muito forte", ressalvou, recordando que Zé Carlos "era extremo de raiz nas camadas jovens do Leixões", também foi no Leça FC, e na época passada é que recuou para lateral. "Considerámos que tinha potencial para fazer o corredor todo e ser um bom defesa-direito e foi uma aposta com sucesso", indicou, com orgulho, adiantando que fez dois jogos a lateral-esquerdo "em situações pontuais, como aconteceu com o Boavista".
Domingos Barros entende que "pela forma como encara cada desafio" e as opções da equipa técnica "não terá problemas" na adaptação à posição. "Passando para a esquerda, a única diferença será a verticalidade. Vai puxar mais para o pé direito e procurar mais o jogo interior, mas em termos de competência não terá problemas", resumiu.