André André voltou a jogar depois de uma paragem de dez meses. Analisamos os seus primeiros números e perceberam-se as vantagens do seu regresso
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O Vitória deixou dois pontos no Funchal após o empate com o Marítimo, mas trouxe André André. O médio regressou aos relvados depois de uma ausência de dez meses devido a lesão e sentiu-se bem, sem dores nos calcanhares, o que faz aumentar as opções de Ivo Vieira para a zona intermédia. Está assim encontrado o primeiro "reforço" de janeiro do emblema vitoriano, um jogador que torna a equipa mais eficaz ao nível do passe.
André André voltou à competição frente ao Marítimo, na jornada passada
Convocado pela primeira vez esta época, depois de ter sido dado como clinicamente apto há cerca de um mês e meio, André André entrou aos 61 minutos e foi muito a tempo de mexer positivamente com o jogo da equipa. De acordo com as estatísticas oficiais, o médio teve 33 ações no jogo e 20 delas foram bem-sucedidas.
O grande contributo do camisola 11 foi ao nível do passe, o que não constituiu qualquer surpresa, dado ser a sua especialidade; em 20 passes realizados no Caldeirão dos Barreiros, 17 foram certos, o que deu uma percentagem de eficácia de 85 por cento. Para se ter uma base de comparação, a equipa vitoriana alcançou 81,77 por cento de eficácia no mesmo item, ou seja, daqui para a frente André André pode fazer subir esse número. Melhor do que o médio no duelo com os insulares só Pêpê, que chegou aos 90 por cento de eficácia no passe.
Muito felicitado pelos companheiros e adeptos após o regresso à competição, André André é agora um jogador a ter em conta na elaboração do onze, ainda que continue à procura do ritmo ideal, algo natural depois de uma paragem tão longa.
André André aumenta as opções de Ivo Vieira para o meio-campo e passa a concorrer essencialmente com Poha
Como Pêpê parece cada vez mais destinado a desempenhar a função seis (já vai em dois jogos consecutivos e com rendimento elevado), o internacional português passa a concorrer com Denis Poha, essencialmente este, mas também com Lucas Evangelista, João Carlos Teixeira e André Almeida. O plano do treinador é oferecer progressivamente mais minutos a André André até que este alcance o ritmo ideal, de maneira a tornar-se o motor, ou um dos motores, da equipa na segunda volta do campeonato.
Ainda no capítulo do passe, o médio colocou quatro bolas nos pés dos companheiros no último terço do relvado e três delas com sucesso, uma eficácia de 75 por cento.
Além disso, o subcapitão vitoriano também sobressaiu noutros dados estatísticos no duelo com o Marítimo, como nas recuperações de bola, tendo feito três ao longo dos 34 minutos em que esteve em campo, todas elas realizadas no meio campo adversário, sinal de um posicionamento alto do jogador e da pressão feita sobre o oponente.