Confira as notas atribuídas por O JOGO aos jogadores do FC Porto na vitória sobre o Sporting por 2-1, no sábado, no Estádio do Dragão.
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Vaná 5
Não fosse o golo de Luiz Phellype, em que fica a ideia de ter saído demais da baliza, e teria tido um clássico perfeito, já que não fez uma única defesa. Na retina ficou apenas algum nervosismo a jogar com os pés.
Militão 6
Revelou o mesmo problema de sempre quando jogou à direita: falta de profundidade. E o FC Porto bem precisou dela após a expulsão de Borja. Como central, não teve grandes problemas.
Felipe 6
Usou e abusou de alguma agressividade nas tentativas de desarme e acabou por ver um amarelo na segunda parte. Quase sem lapsos no plano defensivo, deu uma ajuda no ataque assistindo Herrera para o 2-1.
Pepe 5
Seguiu com atenção as movimentações de Luiz Phellype e nem sequer precisou de aplicar-se a fundo para anular o avançado. Foi sacrificado ao intervalo na procura da vitória.
Alex Telles 6
Excetuando o lance do golo sportinguista, em que foi apanhado em contrapé e viu Luiz Phellype finalizar no seu raio de ação, fez um jogo competente no plano defensivo. Subiu muito e cruzou com abundância, mas só criou perigo de livre (42").
Danilo 7
Só não surge no espaço da figura pelo simbolismo e importância do golo de Herrera, porque, na verdade, foi o melhor e mais regular elemento dos portistas. De longe. Além de ter feito o que lhe competia na luta de meio-campo, disparou várias vezes à baliza de Renan e chegou a acertar na trave antes de fazer o empate de cabeça.
Otávio 4
A expulsão de Borja levou-o a abandonar um meio-campo a três para se fixar no flanco direito, mas nem num lado, nem no outro foi capaz de causar problemas. Por isso, foi com naturalidade que ficou no balneário ao intervalo.
Corona 6
Arrancou o vermelho a Borja, num lance em que ficaria cara a cara com Renan, que pouco depois lhe negou os festejos num desvio na pequena-área. Bateu os cantos que deram os golos, andou pela esquerda e direita do ataque e acabou como lateral. Foi expulso por perder a cabeça.
Marega 6
Escapou-se várias vezes nas costas da defesa leonina, mas nem sempre definiu bem, como sucedeu aos 34", quando ficou a pedir penálti num lance dividido com Mathieu. Viu um golo ser-lhe anulado por fora de jogo, num dos três remate que efetuou.
Soares 6
Não foi por falta de tentativas que não marcou a uma das vítimas favoritas. Numa delas, foi Mathieu quem lhe negou os festejos em cima da linha de baliza. Ainda assim, fica ligado ao 1-1 pela assistência para Danilo.
Manafá 5
Injetou maior profundidade ao flanco direito e apareceu na área a cruzar uma mão-cheia de vezes, ainda que com uma eficácia reduzida. Ganhou a maior parte dos duelos que disputou, mas fica a ideia de ter dado muito espaço a Acuña no 0-1.
Brahimi 5
Saltou do banco determinado em carregar a equipa às costas e, diga-se, saiu bem da maioria dos dribles que efetuou. No entanto, andou sempre longe da zona de definição.
Aboubakar 5
Perdeu no cara a cara com Renan aos 85", na única ocasião de que dispôs. Mérito do brasileiro.
A FIGURA
Herrera 7
Mal-amado despediu-se como herói
O estilo de jogo abnegado do capitão, que privilegia mais a segurança em detrimento do risco, nem sempre caiu no goto do tribunal do Dragão. A despedida do estádio a que chamou casa nos últimos seis anos, porém, ficará para sempre na memória dos adeptos. Não tanto pela exibição, que foi pautada pela regularidade e ficou uns furos abaixo da de Danilo, mas antes pelo golo que marcou, que lhe permitiu igualar o recorde pessoal (nove). Um momento de inspiração, atendendo à dificuldade do gesto técnico que efetuou (remate em tesoura), e carregado de simbolismo, já que permitiu aos dragões terminarem o campeonato com uma vitória, frente a outro grande, algo que ainda não havia sucedido nesta edição da prova. Se vai deixar saudades ou não entre os portistas, é preciso esperar pela próxima época para o perceber.