"Ukra surpreendeu, fez o que é muito difícil um jogador com a carreira dele fazer"
Declarações de Luís Freire, treinador do Rio Ave, ao Canal 11.
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Crença na subida de divisão desde o início: "Logo de início acreditava que íamos conseguir subir. Houve um grande trabalho da direção, em apostar e reformular o plantel todo. Deu todas as condições para escolhermos, dentro das possibilidades, fazermos o plantel. Pudemos escolher jogadores com um certo perfil, que olhassem para o Rio Ave como uma oportunidade. Algumas referências também, como o Ukra, o Aderllan, o Vítor Gomes. E depois jovens a querer subir com o Rio Ave. Foi um segredo. Preocupámo-nos com o perfil do jogador, o caráter. Quando o reunimos, percebemos que íamos ter um grupo fantástico. A qualidade estava lá. Era a questão de criar oportunidade, fazê-los acreditar que era possível. Na primeira volta tivemos momentos de crescimento. Na segunda volta, a partir da vitória em Vila Franca de Xira, em que demos a volta em 10 minutos, começámos a pensar que ia ser possível. Já acreditávamos e ainda acreditámos mais a partir daí. Depois, até ao fim, foi sempre a vencer. E conseguimos"
Aturar o Ukra no balneário: "Já tive muita gente boa no balneário, muita gente que me ajudou muito, mas o Ukra surpreendeu-me muito, porque fez aquilo que é muito difícil um jogador fazer com a carreira dele. Com 34 anos, tem um espírito alegre, contagiante, ajuda o colega, telefona ao treinador, telefona ao colega, dá apoio, manda mensagem, jogando ou não jogando. Fundamental para a nossa subida divisão ter um jogador como o Ukra. A importância que ele teve no meio desta história foi enorme. É uma das melhores pessoas, senão mesmo a melhor."
O que é ter um bom balneário? "Imagine o que é trabalhar com quem se gosta. Eu gosto da pessoa. Vou para lá, divirto-me a trabalhar com ela. É provavelmente o melhor balneário que eu tive. É uma exceção, é difícil encontrar balneários como tivemos. Não houve nenhum jogador que não quisesse ajudar a equipa. A vitória é inteiramente nossa, em particular dos jogadores, que nunca se desuniram. O segredo foi estarem sempre juntos, a querer ajudar-se uns aos outros, ao treinador, e quererem levar o Rio Ave de volta à I Liga. Não é fácil encontrar isso. Um jogador em final e carreira às vezes não aceita o seu papel, que é muito importante. Uns jogam mais, outros menos, no entanto, a postura que têm é fundamental para os colegas."
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