Alex Telles acredita que o clube vai preparar-se melhor para chegar ao bicampeonato, prometendo, inclusive, que a equipa voltará como o aço para atacar bem a próxima época
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Alex Telles partiu para férias cansado, mas de coração cheio por tudo o que viveu ao longo da época. Agora, quer recuperar energia e voltar ainda com mais força porque já aponta ao bicampeonato.
Terminou a época, que balanço faz a nível individual?
Foi a minha melhor época. Uma questão de números, de jogos... Estou muito feliz pelo meu rendimento. Por mais que não pareça, estava um pouco cansado, foram 46 jogos.
Será, portanto, natural ter muitos clubes interessados?
Sei que é época de mercado e toda a gente vai falar. Mas eu penso em voltar. Primeiro descansar e depois pensar na pré-época. Se surgir alguma coisa, não cabe a mim, mas ao clube e às pessoas que têm de decidir. O meu pensamento está no FC Porto e o mais importante é que estou muito feliz.
No "calor" dos festejos disse que por si ficaria para sempre no FC Porto. É mesmo assim?
Sinto mesmo isso, não menti. A minha família e eu amamos a cidade. Gosto muito do clube, sinto-me bem. De alguma forma, acho que sou um atleta importante. Também pelo ano e pela época que fizemos, todos juntos, com certeza que ficaria.
Chegou a falar-se do Chelsea em janeiro...
Estou a saber disso agora, de verdade mesmo. Não tem nenhuma possibilidade. Se fosse concreta, podia falar. Mas se não tem nada agora, também não vou pensar nisso.
Cumpriu a segunda época, no FC Porto. O que mudou do ano passado?
De jogadores, quase nada. Só os que voltaram. A maior diferença foi o espírito de vencer e acreditar até ao fim. O Sérgio deu-nos essa confiança de saber que podíamos conquistar. Independentemente das dificuldades, que tínhamos capacidade de ganhar o campeonato e essa foi a nossa maior força.
Está consciente de que na próxima época será mais difícil?
Sabemos que vamos ser o clube a abater e os rivais também vão querer ganhar. Temos uma equipa muito forte e o clube também vai preparar-se de forma diferente. Vamos voltar como o aço para conquistar mais uma vez.
A ideia é iniciar aqui um novo ciclo de conquistas?
É importante. Os adeptos estão carentes disso. Vimos a festa que foi. Para nós, foi incrível e vai ficar marcado para sempre. Cada vez dá mais vontade de vencer. É lembrar a cara de cada criança, de cada miúdo, a felicidade deles. Isso fica gravado na nossa memória.
O Sérgio Conceição é muito "chato"?
- No bom sentido... É um treinador exigente. Ganhámos o campeonato: sendo chato ou não, conquistámos. Para mim, o treinador tem de ser chato. Aí, o jogador nunca relaxa, nunca deixa de ser quem é. Isso foi importante. Foi muito exigente e competitivo connosco.
Rui Vitória não vos deu os parabéns...
Se não deu, terá os seus motivos. Não sou eu que vou julgar. Prefiro não falar para depois não dizerem que o Alex disse isto ou aquilo. Cada um tem a sua consciência.
Mas é legítimo questionar a justiça do título?
Não! O título foi muito valorizado e conquistado com mérito. Caímos para segundo a três quatro jornadas do fim e recuperámos, depois, a liderança. Isso é que importa.
O jogo com o Belenenses foi tão importante como Sérgio Conceição considerou?
Foi um dos grandes motivos da nossa conquista. Mesmo caindo para o segundo lugar, sabíamos que tínhamos capacidade de vencer. Era só ser fiel ao nosso trabalho, ao trabalho do Sérgio e ir até ao fim.