O regresso do Benfica ao pormenor e não falta uma pulseira vermelha

Agora sim, está tudo a postos para que o plantel do Benfica possa regressar, já segunda-feira de manhã, aos trabalhos de campo, mais de cinquenta dias após a derradeira sessão às ordens de Bruno Lage, na altura na Luz.

Durante os últimos dias e até ontem, foram feitas as afinações estruturais destinadas a garantir que atletas e técnicos cumprem todas as normas de segurança e de saúde num quadro ainda de pandemia ativa. Higienização completa de todas as áreas do Benfica Campus, criação de percursos variados de entradas e saídas sem cruzamentos, assim como a preparação para um dia a dia onde prima a individualização do tempo de trabalho estão entre as novidades.

Antevendo o regresso do plantel benfiquista, os funcionários encarnados acertaram todos os pormenores nos últimos dias, procedendo à desinfeção completa do complexo e fazendo até tratamento dos relvados.
Será até às nove da manhã de amanhã que o primeiro grupo de atletas entrará nas instalações dos encarnados no Seixal. Este será um dos quatro em que os 25 jogadores do plantel de Bruno Lage foram divididos, eles que irão retomar a vida dentro da normalidade possível: haverá mais um lote idêntico a chegar mais tarde de manhã, assim como mais dois agrupamentos que irão treinar à tarde.

O Benfica vai fazer uma triagem inicial dos jogadores ainda à entrada do hotel do Campus, altura em que a tecnologia entra em ação: cada jogador receberá uma pulseira vermelha que permite a entrada em todos os espaços, quartos e elevadores incluídos, sem que seja necessário tocar em botões ou superfícies. Menos toques, menos riscos de eventuais contágios de covid-19 é o mantra da SAD encarnada, que elaborou um plano onde, pelo menos nos próximos tempos, só dois atletas estarão em simultâneo em cada relvado.

A separação de jogadores é, também, evidente na hora de se equiparem ou descansar. Com os balneários coletivos encerrados por questões de segurança sanitária, cada atleta tem um quarto individual, com casa de banho própria, onde se veste antes de rumar ao pequeno almoço. Também aqui, um cuidado extra derivado dos tempos que se vivem: só seis jogadores podem permanecer em simultâneo num refeitório onde antes eram permitidas dezenas.

Grupos com caminhos sem cruzamentos
Terminado o pequeno almoço, os jogadores arrancam para aquela que será a fase mais importante do seu dia: o treino. Uma passagem pelo departamento médico para massagens e uma ida ao ginásio, se necessário, são os passos seguintes dentro do Benfica Campus. Só então, a relva, com os encarnados a disponibilizarem os campos 7,8 e 9 para o efeito - com troca de calçado antes e depois. Terminada a sessão, os jogadores seguem um caminho diferente para que não haja cruzamento com o grupo seguinte. Depois segue-se a refeição, que pode ser tomada nas instalações ou levada para casa.
Depois dos testes à covid-19, os atletas dirigiram-se nos últimos dias ao Seixal para as consultas médicas com o clínico Ricardo Antunes, passando então para os testes físicos. Tudo antes de a bola começar novamente a rolar, sob a supervisão de Bruno Lage e sua equipa técnica, que estará presente ao longo do dia, junto dos vários grupos.