O perfil do reforço do Portimonense: "Rui Gomes tem cultura e é um extremo à antiga"
Leonel Pontes dirigiu o reforço no Covilhã e destaca-lhe a facilidade em sair das zonas de pressão e a dimensão adquirida em termos de capacidade coletiva . No entender do treinador, o jovem "está a aprender a defender melhor e a aprimorar comportamentos" e vai ter uma excelente oportunidade para ser "melhor jogador" e poder vingar na Liga Bwin.
Corpo do artigo
"É um esquerdino, um extremo à antiga", assinala Leonel Pontes, analisando Rui Gomes, o jovem que orientou no Covilhã e que foi anunciado como reforço do Portimonense para a próxima época.
Em conversa com O JOGO, o treinador não foi parco em comentários e traçou o perfil do atleta, que gosta "de atuar aberto na linha, é forte no um para um e efetua bons cruzamentos". Rui Gomes revela também "boa cultura tática, finaliza a preceito e tem facilidade em sair das zonas de pressão".
Leonel Pontes não esquece a importância do extremo nos leões da serra, sobretudo "nos últimos cinco meses, em que foi fundamental" para a permanência na II Liga. "Ele tem drible, velocidade e revela interesse em evoluir. Está a aprender a defender melhor, aprimorando comportamentos que não estava habituado a ter. É um excelente jogador", reconhece Pontes.
O desafio de jogar na I Liga, porém, é de muito maior exigência, como considera o treinador. "Pode vingar no Portimonense, tem tudo para o conseguir, mas nunca sabemos como vai ser a sua adaptação. Uma coisa é certa: tem espaço e oportunidade para mostrar valor e ser cada dia melhor jogador. Adquiriu ritmo no Covilhã [chegou em janeiro, oriundo do Legia Varsóvia, onde as coisas não lhe correram lá muito bem], mais confiança e ganhou dimensão em termos de capacidade coletiva", vinca.
O extremo, de 24 anos, recorde-se, assinou por três temporadas e ficou com uma cláusula de 40 milhões de euros. Na sua formação, passou por Braga, Benfica e V. Guimarães.
14917403
Concorrência por definir
O plantel para a próxima época está longe de ficar definido, mas dois dos extremos que Paulo Sérgio gostava de continuar a contar estiveram na condição de emprestados (Nakajima e Angulo) e não é ainda certo que permaneçam no clube. Os outros dois extremos são Anderson e Sapara, mas, enquanto o brasileiro participou em 24 jogos (dez a titular), o nigeriano, chegado em janeiro, fez quatro jogos e depois lesionou-se. Na circunstância, a concorrência que Rui Gomes vai ter pela frente é ainda uma incógnita.