ENTREVISTA - Chegou, viu e venceu de leão ao peito e espera continuar a fazê-lo no próximo sábado. A O JOGO, Luiz Phellype dá conta dos desejos para o Jamor e um duelo na Taça de Portugal que antecipa com honra (C/ VÍDEO)
Corpo do artigo
Luiz Phellype é um dos homens do momento em Alvalade, uma surpresa pelo rendimento apresentado desde que ingressou no clube em janeiro último, vindo do Paços de Ferreira, e, a O JOGO, o avançado brasileiro - que tem Bas Dost na sombra - mostra-se confiante em decidir o último jogo da época e em erguer o segundo troféu em 2018/19.
Já apontou oito golos à leão - um dos quais no último clássico no Dragão - e assegura que quando chegou ao Sporting não esperava o impacto que teve na equipa.
Voltou a marcar ao FC Porto, no clássico no Dragão, e leva três golos em quatro jogos contra o adversário da final. Vai voltar a marcar e confirmar o estatuto de "caça-dragões"?
- Gostaria de voltar a marcar, mas não é possível marcar em todos os jogos. O meu trabalho e a minha função é a de ponta de lança, tento marcar em todos os jogos. Não é por ser ou não contra o FC Porto, mas marcar na final da Taça de Portugal seria especial.
Vê-se a decidir a final da Taça de Portugal?
- Imagino, já imaginei várias vezes isso, mas é preciso trabalhar para realizar esse sonho. Para mim, era um sonho decidir a final da Taça de Portugal.
Depois de tudo o que se passou na final do ano passado [a derrota frente ao Aves uma semana após o ataque à Academia], sente no balneário que é ponto de honra para quem lá esteve ganhar a Taça de Portugal este ano? O capitão Bruno Fernandes tem passado essa mensagem?
- Estar na final da Taça de Portugal é uma honra para todos os jogadores, mesmo para mim, que só cheguei esta época [em janeiro]. O que se passa no balneário é que é uma honra muito grande estar na final e vamos fazer tudo para vencer.
https://d3t5avr471xfwf.cloudfront.net/2019/05/oj_luizphellype_20190523122130/hls/video.m3u8
No último clássico travou duelos diretos com Felipe, Pepe e Militão. Sente que os jogadores do FC Porto "picaram" os do Sporting, já tendo a final da Taça de Portugal em perspetiva?
- Não, acho que é um clássico e, como é um jogo muito importante, é normal que tenha havido alguma conversa ou outra, mas não vi nada de especial.
Quando chegou ao Sporting, imaginava terminar a época desta forma, a titular e como o goleador da equipa?
- Não, quando cheguei só pensava em aproveitar a oportunidade quando a tivesse. E nos últimos jogos tenho tido chances [oportunidades] de começar de início e tenho aproveitado. É só nisso que penso.
Chegou ao Sporting em janeiro e já vai com o melhor registo da carreira numa época, com 17 golos. É para passar na próxima época? Qual é a fasquia em 2019/20?
- Não posso falar em metas para a próxima época. Um avançado vive de golos, é verdade, mas avançar com números, não o vou fazer. Importante será dar o meu contributo para que a equipa ganhe todos os jogos. Se puder ajudar marcando, ficarei feliz. Se ajudar assistindo, também ficarei feliz.
Até que ponto é um foco de pressão ter na sombra um suplente do calibre de Bas Dost?
- Pressão há para todos os jogadores que estão no Sporting, que é um clube muito grande. Temos de ter essa pressão para estarmos sempre bem. Mas o Bas Dost conversa muito comigo e eu com ele, tenta tranquilizar-me ao máximo quando estou dentro do campo.
1129825349964058624
A "sorte" de ter Acuña ao seu lado
Na temporada 2001/02, Jardel não hesitou em chamar "pai" a João Pinto, que considerava ser um dos principais responsáveis pelos seus impressionantes 55 golos em 41 jogos.
Desde a sua chegada ao Sporting, em janeiro, Luiz Phellype tem encontrado um "pai" em Acuña, que já lhe fez quatro assistências, e garantiu que é uma sorte ter um jogador do calibre do argentino ao seu lado: "O Marcos [Acuña] é um grande jogador. Trabalha muito para a equipa e, graças a Deus, tenho tido a sorte de ter a sua ajuda, e de todos os outros. O Sporting felizmente está bem servido, com jogadores de grande qualidade profissional e humana."
10922607
"Todos juntos" pela conquista do título
Partindo para uma antevisão da próxima temporada, Luiz Phellype prometeu aos adeptos que não vai faltar empenho, garra e vontade à equipa na missão de recuperar um título que foge das mãos da equipa de Alvalade desde a temporada 2001/02.
"Os adeptos podem esperar muito empenho, muita garra e muita vontade. Sabemos que os nossos adeptos querem muito o título, assim como todos os jogadores. Um clube como o nosso tem de estar sempre na luta por tudo", sublinhou o avançado brasileiro, que tem contrato válido com o emblema lisboeta para os próximos quatro anos.
Brasileiro prometeu "garra e empenho" para quebrar um jejum de 17 anos na próxima temporada
Contratado no passado mês de janeiro ao Paços de Ferreira, Luiz Phellype abordou o "choque" de uma mudança da II Liga para um dos três grandes de Portugal e realçou que a "imensa" massa adepta dos leões merece mais alegrias do que aquelas que tem tido nos últimos anos. "Como já disse, os jogadores estão sempre junto dos adeptos para concretizar todos os seus desejos. Como eles também reforçam, um leão nunca desiste e vai sempre dar tudo dentro do campo por eles. O Sporting é muito grande e os seus torcedores merecem ter grandes alegrias", afirmou o camisola 29 verde e branco.
Recorde-se que, esta temporada, Luiz Phellype já afinou a pontaria no Estádio Nacional ao marcar um dos golos na goleada do Sporting ao Belenenses (8-1).
10927014