Estorilistas querem muito a subida e foram os reis das contratações em janeiro. Paços e Famalicão não ficaram a dormir.
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Na agitação do último dia do mercado, o título de campeão de compras foi para o Estoril, que, com as aquisições do médio-defensivo Gilson Costa, que estava sem clube, e dos extremos Gorré, emprestado pelo Nacional, e Yan Sousa, cedido pelo Palmeiras, aumentou para oito o número de caras novas, ultrapassando Leixões e Covilhã, com seis. Trata-se, pois, de um aviso bem sério à concorrência de um candidato que está a oito pontos dos lugares de subida, mas que quer muito voltar ao escalão de onde desceu na temporada passada. Só que quem vai à frente não esteve a dormir.
O Paços de Ferreira bem pode ter perdido o goleador Luiz Phellype, considerado o melhor jogador da II Liga de 2018 na eleição feita por O JOGO com a participação dos treinadores. O brasileiro foi para o Sporting, mas a substituição fez-se com duas cartas: Nathan Júnior e Gonçalo Gregório. Os pacenses aproveitaram, ainda, para arrumar a casa com as saídas dos pouco utilizados Diego Medeiros (Covilhã), Vasco Rocha (Varzim) ou Ibrahim (Paredes). Já o Famalicão retocou a defesa com a rodagem de Víctor García e Luís Rocha, e acrescentou ao ataque a irreverência de Damien Furtado e Benny Ashley-Seal. O surpreendente Mafra, que está no quinto lugar, pouco mexeu: recebeu João Paredes por empréstimo do Chaves e colmatou a saída do guarda-redes Ricardo Janota, habitual suplente, com Nuno Silva (ex-Gafanha).
Mais para trás está a Académica, que esteve tranquila até ao dia de ontem, ao assegurar duas armas para o ataque: Jonathan Toro, que era uma das figuras do Varzim, e o extremo Femi Balogun, que atuava na Turquia.
Na cauda da tabela, Covilhã e Arouca reforçaram-se bastante para conseguirem a permanência, assim como o fez o Ac. Viseu, que, apesar de estar melhor que os serranos, não transpira tranquilidade. Curiosamente, a Oliveirense, que está abaixo da linha de água, apenas fez duas contratações. O Penafiel só registou uma entrada.
Campeonato de Portugal é viveiro
O Campeonato de Portugal continua a ser um escalão apetecível para contratar e Académico de Viseu, Mafra e Paços de Ferreira são exemplos disso. João Victor saltou do Mirandela para os viseenses e o Mafra, que na época passada disputava o terceiro escalão nacional, comprou Nuno Silva ao Gafanha e recebeu João Paredes, que alinhava no satélite do Chaves, cedido pela SAD flaviense. O caso mais flagrante é o de Gonçalo Gregório (Paços de Ferreira), dianteiro ex-Casa Pia que com 22 golos em 18 jogos é o melhor marcador das provas nacionais.