O herói do primeiro triunfo dos avenses, na receção ao Portimonense, estreou-se a marcar um hat trick num jogo em que a pressão dos pontos tornou a equipa "mais agressiva".
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A primeira vez ninguém esquece. Vítor Gomes, aos 30 anos, pode sentir-se mais completo depois do primeiro hat trick da carreira, que derrotou o Portimonense, anteontem, na estreia do Aves nas vitórias nesta época. A vida reserva-nos momentos especiais nas alturas menos esperadas, neste caso, os três pontos eram mais do que desejados, eram urgentes para o ex-último classificado.
Foi num contexto de pressão e de "futurologia" sobre o que os adversários poderiam conseguir que os avenses entraram em campo "agressivos". "Sentimos mais a responsabilidade e a noção de que não ganhando, complicar-se-ia a nossa vida, pois os adversários estavam a fugir. Em caso de derrota, o Portimonense faria sete pontos; depois, vamos ao Bessa, que tem quatro e - Deus queira que o Diabo seja cego, surdo e mudo - se o Boavista nos ganhasse, ficaria com sete pontos e nós com um ponto. Tornar-se-ia muito difícil", analisa.
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O dia de ontem foi "bem melhor" do que os das semanas em que o Aves tardava em alcançar a vitória. Vítor Gomes retomou a rotina de trabalhador-estudante, pegou no caderno de apontamentos e seguiu à tarde para mais uma aula do curso de Educação Física e Desporto. "Há que prevenir o futuro" e estudar ao nível universitário "o que se gosta, sendo jogador de futebol, em muitas disciplinas sabe-se do que se está a falar". Pelos corredores do ISMAI, fartou-se de ouvir "parabéns". "As pessoas sabem onde jogo e ficam mais atentas aos resultados do Aves e agora tive a felicidade de ter feito três golos", conta, o médio que O JOGO destacou como sendo para todo o serviço. "Essas palavras foram bem empregues: gosto de defender e de atacar", corrobora o autor do golo mais rápido do Aves, aos oito minutos, o primeiro de uma sequência de três num triunfo "que traz confiança" no corolário de "uma exibição bastante boa".