"O Canelas foi um mártir da lei", diz presidente dos gaienses

Depois de o Conselho de Disciplina da AF Porto ter castigado, com um ano de suspensão, Milton Ribeiro, treinador do Canelas, devido a incidentes ocorridos no jogo com o Grijó, a 16 de outubro, Bruno Canastro, presidente dos gaienses, revelou a O JOGO que o clube vai recorrer para o Conselho de Justiça. "Vamos recorrer. Se os clubes não jogam porque acham que a lei não é aplicada ao Canelas, pois temos a dizer que o Canelas foi um mártir da lei. Apanhar um ano por uma frase dita a um árbitro é algo único no futebol e prova que a AF Porto não é benévola com o Canelas", referiu o dirigente que assume, agora, a subida de divisão como objetivo.

"Estamos na segunda fase para subir. Sei que os clubes da outra série não pretendem fazer falta de comparência, se os clubes da nossa série quiserem continuar com o boicote, o Canelas continuará o seu trilho", afirmou. Instado a comentar a punição aplicada a Milton Ribeiro, o presidente do Grijó, Manuel Gomes, olha para o caso como uma prova da razão dos clubes contestatários da Divisão de Elite da AF Porto e acusou os juniores do Canelas de distúrbios numa partida contra os juniores do Grijó, a 3 de dezembro. "A claque do Canelas esteve presente, insultaram o nosso treinador que estava castigado e tivemos de chamar reforço policial. Ainda estou à espera que o presidente do Canelas me ligue a pedir desculpa. Assim deixamos de jogar contra o Canelas em todos os escalões", atirou. Na resposta, Bruno Canastro apresentou outra versão do sucedido. "Houve um problema entre jogadores e um diretor, que não estava na ficha, que entrou em campo e colocou o nosso jogador no balneário. Os diretores do Grijó fizeram queixa à polícia e a pessoa foi identificada", referiu.