Nuno Campos recorda final de 1999 contra Ricardo Sousa: "Contas a ajustar? De forma alguma"
Nuno Campos, treinador do Tondela, fez esta terça-feira a antevisão ao jogo da segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal, em Mafra. Na primeira mão, os tondelenses venceram por 3-0.
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Mensagem ao grupo: "Temos de chegar ao jogo e mostrar claramente que queremos estar na final. Essa é a mensagem que tenho passado aos jogadores. Compete-nos entrar em campo para ganhar, não pode ser de outra forma, apesar do resultado da primeira mão."
Contas a ajustar pela final de 1999, em que Ricardo Sousa marcou pelo Beira-Mar e Nuno Campos estava do outro lado (Campomaiorense): "De forma alguma, tenho uma boa relação com o Ricardo (sorri). Relembrou-me uma situação em que atingi a final e perdi. Também já atingi a final, mas ganhei, enquanto treinador-adjunto [pelo Braga]. Penso que não há duas sem três e esta espero atingir novamente. Contas a ajustar? De forma alguma."
Plantel tem noção da importância histórica desta partida: "Naturalmente que sim, porque este é um momento ímpar na vida do clube. Podemos colocar o Tondela, pela primeira vez, na final da Taça de Portugal. Os jogadores podem colocar o nome em letras douradas na história deste clube. [A história] pode não ficar por aqui, mas esta pode ser a primeira vez e eles têm a noção clara desse feito histórico que pode acontecer e têm de entrar em campo de forma a conseguirmos esse objetivo, que é comum a todos os adeptos, staff, Direção, jogadores, treinadores. Toda a gente junta seremos sempre muito mais fortes. Têm essa noção, eu também tenho feito por isso. Tem implicação também nas próprias carreiras deles. Não só é um marco histórico para o clube, mas também para as carreiras deles. Não sei se muitos dos jogadores que temos chegaram a uma final da Taça de Portugal. Há ainda o marco de ser no Jamor, algo emblemático do nosso futebol; se eles tiverem o privilégio de lá estar, vão gostar imenso."
Que Mafra espera? "Reparámos que o Mafra fez algumas alterações, inclusive, na forma de jogar. Estão, naturalmente, a preparar este jogo com todo o cuidado, como seria normal, mas a nós cabe-nos preparar bem o jogo para não darmos chances ao Mafra de acreditar que pode estar na final. Compete-nos fazer o que preparámos e o que sabemos fazer."
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Pressão do campeonato: "Sabemos que o campeonato é uma competição diferente, vamos ter tempo para falar do Vitória depois da meia-final da Taça de Portugal. Neste momento, cabe-nos olhar para outra competição, que é a Taça. Não podemos desfocar-nos do que é o Mafra, sob pena de olharmos para o jogo de uma forma errada e, com isso, comprometermos a presença na final da Taça de Portugal. Foi isso que fiz ver aos jogadores e esperamos dar uma boa resposta."
Alterações ao onze: "Vai entrar em campo a equipa mais forte para um jogo deste nível, a que dá mais garantias ao clube e à equipa técnica, por dois motivos: porque numa meia-final não há gestão de coisa alguma, em função de ser um marco histórico, e depois porque o Mafra nos merece todo o respeito. Mas, sim, poderá haver uma ou outra alteração, que poderá ser estratégica, até."
Taça pesou em Moreira de Cónegos? "Gostaríamos de ter ganho, e os nossos adeptos mereciam, até porque nos apoiaram muito nesse jogo, que nós tivéssemos tido uma outra resposta. De qualquer forma, é uma competição diferente e temos de estar cientes da importância dela e queremos um marco na vida do clube."
Sente mais ansiedade? "A minha ansiedade é igual em todos os jogos. Tenho sempre a mesma ansiedade de ganhar ao adversário seguinte. Este é só o próximo, é mais um, como tal, a ansiedade é a mesma."
Prioridade sempre foi o campeonato. Ainda é assim? "São coisas distintas, em momentos distintos. Quando jogarmos com o Vitória, passa a ser importante esse, porque vai ser o seguinte. Neste momento, o mais importante é o de Mafra, porque é o seguinte. E é histórico, vale uma final. Temos de ser treinadores e um pouco pedagogos, mas isto é fruto do nosso trabalho, da nossa vivência com os jogadores, no dia-a-dia, em todos os momentos. Naturalmente, tivemos de focar-nos um bocadinho também na passagem da mensagem para a competição diferente que é. Foi um pouco por aí. De qualquer forma, a equipa tem de ultrapassar qualquer momento menos bom, independentemente da prova que seja, de forma a dar uma resposta positiva no jogo seguinte. Terminou um jogo para o campeonato, temos de pensar no seguinte. Neste caso, é para a Taça. É outra competição, queremos estar na final, é muito claro."