Noronha Lopes: "Não é o salário que me move. Abdicar? Não, por uma questão de transparência"
Declarações de João Noronha Lopes, candidato à presidência do Benfica, em entrevista à CNN
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Ordenado vai ser determinado por uma comissão de remunerações.
Como concilia resultados negativos das empresas com retrato de gestor de sucesso? "Há uma coisa que garanto aos benfiquistas. Quando existirem estas notícias venho dar a cara, não me escondo. Já geri dezenas de empresas em todo o mundo. Há empresas consolidadas e startups, que têm um ciclo de investimento e de retorno completamente diferente, têm um investimento inicial significativo. Foi o que aconteceu. A altura de ganhar dinheiro está de acordo com o plano. A dívida dessa empresa é aos sócios. Continuamos a apostar na empresa porque é um conceito inovador que tem inúmeros pedidos para crescer e ser franchisada, e nós só vendemos quando o projeto for maduro. Já iniciamos expansão para Espanha e para o Dubai.
E a Porta Branca, que financia a campanha eleitoral? "Não é verdade, a campanha está a ser financiada por mim como pessoa individual. Estou há 25 anos a gerir as maiores empresas de todo o mundo, o que me permite ter uma vida desafogada. A riqueza acumula-se em imobiliário, em ações... Não é motivo de preocupação. Nomes de empresas? Tenho 25 anos a acumular riqueza, é o que me permite concorrer, tendo-me desligado de algumas empresas precisamente para isso."
Mas alterou os estatutos para haver remunerações... "A alteração de estatutos foi aprovada por 90% dos sócios em AG, não fui eu."
Rui Costa e Vieira abdicam do salário. Não é motivado por esse rendimento? "Concorri em 2020 onde não havia qualquer hipótese de ser remunerado. Fui vice de Vilarinho sem receber um tostão. Tem é de haver transparência. Quem determina o salário é uma comissão de remunerações determinada pelos sócios. Não misturemos as coisas, não é o salário que me move. Abdicar? Não, por uma questão de transparência. Já fui eleito o melhor gestor internacional português. Não admito que ponham em causa do meu currículo como gestor por causa de uma empresa que está a crescer."