Morita e Diogo Abreu podem ser oficializados, dois negócios que assim entram no exercício financeiro da nova temporada.
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O mês de julho chegou finalmente, numa data que era aguardada pela Direção de Sporting, liderada por Frederico Varandas, e que será decisiva para oficializar as entradas e saídas no plantel liderado por Rúben Amorim.
Isto porque o exercício financeiro da época anterior foi encerrado ontem e os negócios que sejam oficializados agora serão colocados nas contas relativas a 2022/23.
A partir deste momento, a SAD vai começar a atacar o mercado com base no orçamento definido para a próxima época, sem desvios significativos. Mesmo com os prémios relativos à presença na Liga dos Campeões, que rondaram os 45 milhões de euros,e com a transferência de Nuno Mendes para os franceses do PSG, por 45 milhões de euros (sete deles referentes ao empréstimo), as dificuldades de tesouraria são uma realidade verde e branca: a entrada de dinheiro fresco é fundamental nas contas de julho, para que a SAD possa acionar a recompra dos VMOC ao BCP, num valor que rondará os 14 milhões de euros e que se junta, naturalmente, a toda a liquidez necessária para a conta corrente.
Se falarmos de entradas no plantel, o Sporting já gastou 8,5 M€ em Porro, St. Juste implicará um esforço financeiro acima dos 12 M€, 50% do passe de Rúben Vinagre ficou em 10 M€ e Fatawu em 1,2 M€, acrescentando-se ainda as compras de Edwards ao V. Guimarães, por 7,7 M€ e a chegada de Slimani com custos importantes quanto ao salário, por ficar no topo dos vencimentos dos leões. Contas feitas, o Sporting terá investido mais de 40 milhões de euros em reforços já anunciados, o que fez com que os negócios de Morita e Diogo Abreu, ambos fechados, ficassem à espera de oficialização, de modo a não ditarem um acréscimo nos montantes pagos, evitando um saldo negativo no exercício financeiro.
Morita vem do Santa Clara por valores a rondar os 3,8 milhões de euros, como O JOGO anunciou. O japonês já tem estado na Academia de Alcochete, onde é alvo de tratamentos a um problema nos gémeos da perna esquerda. A apresentação pode, ao que O JOGO apurou, surgir esta tarde, mas não haverá pressa por parte dos leões, porque o jogador de 27 anos tem um problema físico e, apesar de não preocupar, será gerido nesta fase inicial da temporada.
Um caso diferente, mas com semelhante desfecho, é o de Diogo Abreu. O médio ex-FC Porto terminou ontem o vínculo com os dragões e, por isso, só a partir de julho poderia ser apresentado. Os azuis e brancos vão receber uma indemnização de 1,3 milhões de euros no âmbito dos direitos formativos do atleta, que recusou uma renovação, apesar das tentativas dos azuis e brancos. Este deve ser integrado na equipa B do Sporting, mas será observado por Amorim.
A venda de João Palhinha ao Fulham entra na mesma lógica: a intenção dos leões é que o valor entre já no próximo exercício, daí que tenha havido um jogo de paciência por propostas recebidas. O Fulham, como O JOGO escreveu, bateu o Wolverhampton ao chegar aos 20 milhões de euros e tem o atleta reservado, negociando com ele as condições salariais. Essa situação atrasou o processo, o que até é benéfico na gestão financeira leonina.
A terminar, registam-se os fins de contrato de Feddal, único elemento do plantel principal que não tem vínculo para 2022/23. Pelo que O JOGO pôde apurar, os promissores atacantes da formação, Diogo Brás e Tiago Rodrigues, não tinham ainda renovado até aqui, abandonando o clube.
ATUALIZAÇÃO: Morita foi entretanto oficializado