"No meio dos pesadelos, acordo como se estivesse na guerra do Iraque", conta preparador físico do Sporting
Mário Monteiro, preparador físico do Sporting, relatou o terror vivido na Academia.
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Mário Monteiro, preparador físico do Sporting, relatou o terror vivido na Academia, no passado dia 15 de maio, quando algumas dezenas de elementos entraram nas instalações e agrediram jogadores, equipa técnica e staff leonino.
"Tenho muita dificuldade em adormecer e, no meio dos pesadelos, acordo como se estivesse na guerra do Iraque. Vou voltar à escola onde estou colocado como professor de Educação Física, em Vila Nova de Famalicão. Foi absolutamente traumatizante. De repente entram pessoas na Academia a gritar, a lançar tochas e a agredir. Penso que fui um alvo acidental dos agressores. Fui atacado nos pulsos e no tronco com uma tocha a arder a 240 graus centígrados. Estou há 25 anos no futebol profissional e nunca, mas nunca, pensei viver o que vivi", contou Mário Monteiro, numa entrevista ao Jornal de Notícias.
Voltar à Academia está fora de questão. "Estou de rastos, sem condições psicológicas para voltar à Academia. Sinto-me inseguro e perseguido. Apresentei queixa na polícia e vou pedir proteção para a minha família", garantiu, deixando um aviso: "As câmaras de segurança filmaram 38 pessoas a entrar. Portanto, há 15 indivíduos que não estão identificados, que estão soltos e que podem ser um perigo para a equipa técnica e para o plantel".