Artur Jorge, treinador do Braga, concedeu uma entrevista ao jornal espanhol “Marca”, na qual abordou vários temas.
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Artur Jorge, treinador do Braga, concedeu uma entrevista à “Marca”. Esta segunda-feira, véspera do confronto entre os guerreiros do Minho e o Real Madrid, a contar para a terceira jornada do Grupo C da Liga dos Campeões, o jornal espanhol publicou a conversa com o técnico português, na qual foram abordados vários temas.
Fez cerca de 250 jogos pelo Braga. Como era Artur Jorge enquanto futebolista?
“Fui, acima de tudo, um jogador leal. Fiz toda a minha carreira no Braga. Penso que fui um futebolista à imagem e semelhança daquilo que procuro agora como treinador: apaixonado, dedicado e com uma grande ambição de vencer.”
Como é que se define agora como treinador?
“Continuo a ter a mesma ambição. Gosto que a minha equipa jogue um futebol determinado, que domine. Sou muito meticuloso e exigente. Vivemos de resultados e trabalho todos os dias para proporcionar aos meus jogadores o contexto ideal para que possam desenvolver todo o seu potencial.”
Quais foram as suas referências no banco?
“Não tenho uma única referência. Gosto de coisas de Guardiola, de Klopp, de Mourinho, de Cruyff, de De Zerbi, de Ancelotti... Tento implementar algumas ideias, mas sem renunciar ao meu próprio estilo. Isso seria um erro.”
Jogou como defesa central, mas o Braga destaca-se pelo seu ataque. Com 20 golos em oito jogos, é a equipa mais goleadora em Portugal.
“É uma característica comum a todas as equipas que dirigi, desde a formação até à equipa principal do Braga. A minha filosofia é criar oportunidades de forma contínua e manter a mesma intensidade durante os 90 minutos. Quero que as minhas equipas procurem constantemente a baliza contrária, busquem o golo.”
O que é que significa para alguém nascido em Braga qualificar o clube para a Liga dos Campeões?
“Significa muita coisa, quase tudo. Desde criança que ia ao estádio com os meus pais. Como jogador, dediquei toda a minha carreira ao Braga e agora treinar a equipa principal é um orgulho. Trabalhei muito e soube ser paciente até ter a minha oportunidade. A época passada foi histórica. Batemos muitos recordes: mais vitórias (35), mais golos marcados (107), mais pontos no campeonato (78). Terminámos no terceiro lugar e ficámos apurados para a Liga dos Campeões ao vencermos os quatro jogos de qualificação. Sinto-me muito orgulhoso por ter escrito o meu nome num clube centenário como o Braga.”