Manuel Cajuda diz que só ia a festas se soubesse que Neno ia cantar...
Corpo do artigo
Neno foi treinador de guarda-redes do Vitória de Guimarães entre 2005 e 2012. Manuel Cajuda foi um dos muitos técnicos com quem colaborou nas várias equipas técnicas. "O Neno trabalhou comigo diretamente três anos", recorda a O JOGO Cajuda, que esteve com o malogrado antigo guarda-redes entre 2007 e 2010, tendo conseguido a subida à I Liga e o acesso à Liga dos Campeões.
"Conheci milhares de pessoas no futebol e não tenho problemas em dizer que foi a melhor pessoa que conheci no futebol", recorda Manuel Cajuda. "Sempre com um sorriso nos lábios, sempre com a sua gargalhada fabulosa. Nunca ofendeu ninguém, mesmo quando lhe fizeram mal - e eu sei que fizeram e reagiu sempre com elegância, com charme e com um sorriso - , sempre solidário, sempre prestável", aponta.
"Como escrevi na minha página do Facebook, o meu silêncio será sempre maior do que todas as palavras que possa escrever ou dizer e, por enorme que seja esse silêncio, a tua grandeza será sempre maior", disse ainda, emocionado, o técnico.
Cajuda tem, naturalmente, muitas histórias para contar de Neno, mas preferiu recordar aquele "riso" inconfundível e memorável: "Muitas vezes estávamos a resolver problemas no nosso gabinete e sabíamos que ele estava a chegar porque se ouviam as gargalhadas dele nos corredores. E eu dizia-lhe: "Ó Neno, estamos aqui cheios de problemas e tu passas a vida a rir". E ele respondia: "Míster, só assim, a rir, é que vamos vencer". Quando ia a uma festa dizia que só ia se o Neno cantar, era prioritário ouvi-lo cantar. O Julio Iglésias era o ídolo dele, era um sonho para ele", conta Manuel Cajuda.