No dia em que festejou o 33.º aniversário, o avançado contribuiu para o triunfo em Zurique e marcou pontos para ganhar espaço à concorrência no ataque. O jogador parece inspirado para fazer uma época mais produtiva do que a anterior, na qual chegou em janeiro e apontou dois golos em 18 jogos, 12 deles como titular
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Em apenas um jogo, Nélson Oliveira é capaz de ter conquistado mais crédito do que nos primeiros cinco meses em Guimarães. Ainda por cima, conseguiu-o no dia em que celebrou o 33.º aniversário, somando motivos adicionais para festejar. Na primeira mão da terceira pré-eliminatória da Liga Conferência, provocou o segundo golo, ao cabecear para o desvio de Mariano Gómez, e assinou o terceiro.
Desde agosto de 2021 que o avançado, que em janeiro regressou a Portugal pela porta vimaranense após dez anos fora do país, não inscrevia o nome na lista de marcadores em compromissos europeus. Ao serviço do PAOK, com Vieirinha como companheiro de equipa, fez o golo na visita à República da Irlanda, que, então, permitiu à equipa grega qualificar-se para o play-off da Liga Conferência (perdeu 1-2 com o Bohemian após o 2-0 em casa). Antes, já tinha marcado dois pelo AEK - contra o St. Gallen e na receção ao Braga - e, em março de 2012, nos oitavos de final da Liga dos Campeões, quando apontou um dos golos do Benfica no triunfo por 2-0 sobre o Zenit.
Na época passada, já no Minho, participou em 18 jogos, mas apenas em 12 deles foi titular. Curiosamente, estreou-se a marcar no primeiro jogo em que foi escolha inicial de Álvaro Pacheco, contribuindo para a vitória, por 3-1, no terreno do Estoril, depois de ter sido suplente utilizado em seis jogos. Até ao final da temporada, marcaria mais um golo, curiosamente na última jornada, em Arouca, terreno onde o Vitória arranca, na próxima segunda-feira, a nova edição da I Liga.
Agora com a vantagem de ter feito a pré-época, o que lhe dá outro fôlego e entrosamento com a equipa, a exibição e o golo em Zurique permite-lhe também ganhar crédito na corrida por um lugar no ataque, onde até parecia partir atrás da concorrência. Pelo menos, baralha mais um pouco as contas de Rui Borges e as fichas já não são automaticamente colocadas em Chucho Ramírez para a titularidade.
Internacional por 17 vezes, esteve no Europeu de 2012, na Ucrânia e Polónia, e ganhou estatuto quando, em 2011, no Mundial de sub-20, na Colômbia, fez quatro golos, um dos quais na final perdidacontra o Brasil.