Depois de ter viajado ao passado para recordar as "dificuldades" que teve de ultrapassar face aos "salários em atraso", Dyego Sousa admitiu que agora a "questão financeira" é importante.
Corpo do artigo
A chamada de Dyego Sousa à Seleção Nacional virou ponto de interesse no Brasil e desta vez foi o portal UOL a falar com o avançado, numa entrevista onde o jogador do Braga contou os "sacrifícios" que teve de passar até chegar ao patamar atual.
"Costumo dizer que ganhei mais fama do que dinheiro. A minha carreira nunca foi fácil. Os amigos que vieram comigo para Portugal rapidamente desistiram e eu só fiquei porque tive muito apoio da minha família", recordou Dyego Sousa, que detalhou ainda os "tempos difíceis" do início da carreira. "Sofri muito com salários em atraso. Ficava três/quatro meses sem receber. Não tinha o que comer. Só não foi pior porque contei com a ajuda da minha mulher. Ela trabalhava e tinha de sustentar a casa", acrescentou.
Esses tempos fazem parte do passado e Dyego Sousa tem agora o sonho de participar num campeonato do mundo, para além de assumir o desejo de jogar num campeonato mais competitivo do que o português. "Regresso ao futebol brasileiro? Bem, antes tinha esse objetivo, mas agora vejo-me mais a jogar em Inglaterra ou Espanha. É preciso ser realista. É uma questão financeira e hoje em dia é difícil um clube brasileiro tirar-me daqui", contou.
A conversa prosseguiu com o início da aventura na Seleção Nacional, um desejo expresso publicamente pela primeira vez em 2014, quando Dyego chegou ao Marítimo para jogar na I Liga. "Entretanto assinei pelo Braga e as hipóteses aumentaram", prosseguiu. "A verdade é que esta chamada veio na hora certa."
O avançado respondeu ainda a Rui Santos, comentador da SIC, que na altura disse preferir jogadores "bacteriologicamente puros", ou seja, formados em Portugal. "Sinceramente nem sei bem o que ele disse... Mas não me doeu. Ele quis aparecer, causar polémica. Quando falamos de pessoas normais, o apoio à minha convocatória foi total", rematou.