Luisão recorda a chegada ao Benfica e dois momentos marcantes da carreira no clube da Luz
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Memórias o início: "O que fica marcado para mim é que, quando cheguei, fomos treinar em Massamá, entrei no vestiário e não havia um chuveiro normal, apenas um cano. Vim do Cruzeiro, que tinha um centro de treinos do melhor que havia no país, e vendo já aquilo que a seleção do Brasil tinha. Cheguei aqui e vi um Benfica sem estrutura, um pouco estranho para aquilo que imaginava.
Momentos marcantes: "Aquele golo do título [em 2004/05]. Não tem como fugir a isso, porque o Benfica não ganhava há bastante tempo. O jogo estava complicado, empatado, e marquei aos 87 minutos, salvo erro. A gente precisava. E outro foi quando quebrei o braço, porque foi um novo desafio na minha vida: mostrar que o Luisão ainda tinha chance de renascer e que era uma mais-valia para o Clube a quem tanto devo."
"Comecei a ficar depressivo, sabendo depois que ele faleceu. Aquela imagem ficou remoendo na minha cabeça. O armário dele no Estádio era ao lado do meu. No dia seguinte chegar lá, ver aquelas flores, a camisola, ir ao enterro dele"
A morte de Fehér: "O Fehér faleceu na época em que cheguei. Eu estava lesionado e falhei aquele jogo em Guimarães. Naquela altura eu morava sozinho. Assistia ao jogo pela televisão no meu apartamento e não sabia o que se estava a passar. Comecei a ficar depressivo, sabendo depois que ele faleceu. Aquela imagem ficou remoendo na minha cabeça. O armário dele no Estádio era ao lado do meu. No dia seguinte chegar lá, ver aquelas flores, a camisola, ir ao enterro dele... Foi muito complicado. Quem viveu aquele momento sabe que não foi nada fácil. Era um companheiro espetacular. Foi um momento triste, mas que também mostrou que o Benfica é feito de renascimento.