O caldo está mais do que entornado entre os rivais lisboetas e a discussão tem vindo a subir de tom com o aproximar do dérbi, mas o líder da FPF nem ao presidente dos leões quis responder, por agora
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Sporting e Benfica têm aquecido o futebol português nas últimas semanas, com trocas de acusações e farpas. A polémica entre os rivais da Segunda Circular teve início no processo de saída de Jorge Jesus para Alvalade - que está já a ser dirimido na barra dos tribunais -, tornando-se ainda mais ácida após a revelação de Bruno de Carvalho, líder dos leões, da oferta de uma caixa, por parte do Benfica, com camisola e vouchers de refeição a agentes da arbitragem nos jogos realizados na Luz e no Seixal. Ontem, porém, num encontro com a Imprensa, no qual explicou o relatório e contas da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) de 2014/15, o presidente Fernando Gomes escusou-se a tecer comentários sobre as divergências dos históricos rivais.
"Não é o momento para falar de outras questões, que mereciam outro enquadramento. Não gosto de alimentar polémicas, o futebol precisa de tranquilidade", limitou-se a dizer o líder da FPF quando os jornalistas o confrontaram com o tema que marca a atualidade desportiva nacional, recusando-se assim a abordar outros assuntos, como a possível candidatura à presidência da UEFA, já que foi apontado pelo diário espanhol "Mundo Deportivo" como eventual substituto de Michel Platini na liderança daquele organismo europeu.
Desta forma, Fernando Gomes acabou por deixar sem resposta as críticas de Bruno de Carvalho, que visou a FPF por remeter o caso das prendas encarnadas para o Ministério Público (MP). "Não vejo interesse nenhum em estar no MP. Vai averiguar o quê? Se as pessoas comeram? A ASAE vai ver se a comida era boa? A FPF tem de ser clara e rápida e decidir qual a sanção desportiva. Só depois é que podemos saber mais, no MP, a nível criminal", atirou na última quinta-feira o presidente leonino, em entrevista à Sporting TV.