Declarações de Paulo Rozeira, da direção da Liga, e Mário Costa, presidente da assembleia geral.
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A Assembleia Geral extraordinária da Liga aprovou esta terça-feira uma alteração aos regulamentos das competições que prevê que um jogo só se possa realizar quando uma das equipas tiver, pelo menos, 13 jogadores disponíveis, incluindo um guarda-redes.
Esta nova disposição das regras surge na sequência do polémico jogo entre Belenenses e Benfica, da jornada 12, realizado a 27 de novembro, no qual os azuis, devido a um surto de covid-19, entraram em campo apenas com nove elementos, tendo a partida terminado no início do segundo tempo.
Paulo Rozeira, da direção da Liga, explicou que o critério para aferir a disponibilidade dos atletas envolve quanto pontos. "O mais evidente é o despiste positivo à covid-19 e/ou isolamento profilático dos jogadores, devidamente atestado pela Direção-Geral da Saúde", apontou.
É ainda contemplado "um surto de outra doença contagiosa, vírica ou bacteriana que tem de ser atestada por um médico do Serviço Nacional de Saúde (SNS)", e também "casos de doença ou lesão, atestada pelo médico do clube e confirmada por um médico do SNS, num prazo de 24 horas".
Também é considerado como indisponibilidade de um atleta "a obrigação de cumprir sanção disciplinar de suspensão, comprovada pela LPFP".
Se alguns desses quatro pontos se verificarem, isoladamente ou cumulativamente, e levarem a que o clube não tenha 13 jogadores disponíveis, a decisão do adiamento será tomada pelo presidente da Liga e de um diretor do organismo, sendo que a data do novo jogo terá de ser acordada entre os clubes, dois dias após a data inicialmente prevista.
Paulo Rozeira lembrou que a possibilidade de fazer esta alteração aos regulamentos surge "ao abrigo do decreto de lei aprovado pelo governo, o ano passado, que permite a entrada em vigor de alterações regulamentares na própria época em que são aprovadas, num regime excecional derivada à situação de emergência causada pela covid-19".
Mário Costa, presidente da assembleia geral do organismo, acrescentou que a decisão da alteração deste regulamento e da não repetição do jogo entre Belenenses e Benfica foi uma "tomada de posição soberana da maioria dos clubes". "Surgiu um problema, e ele foi resolvido, porque os clubes tiveram essa consciência que havia uma lacuna. Toda a gente sabe que o que aconteceu não deveria ter acontecido, e agora não vale pena apontar culpas. Não foi bom ter um jogo de nove contra 11, mas não voltará a suceder", frisou.
À margem deste assunto, o dirigente referiu que "não foi discutida ou abordada" nesta reunião a possibilidade de uma nova redução da lotação dos estádios para 50 %, a entrar em vigor entre 26 dezembro e 9 de janeiro de 2022, inserido no pacote de medidas de combate à covid-19 estabelecidas pelo Governo.