José Bizarro saiu do São Martinho e nem teve tempo para respirar, rumando a sul para acabar com a crise dos algarvios.
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A semana passada foi alucinante para José Bizarro, que, no espaço de dois dias, saiu do comando do São Martinho (emblema do concelho de Santo Tirso) para rumar a Olhão, onde abraçou o projeto do Moncarapachense, da Liga 3.
Melhor ainda foi ter conseguido dar uma sapatada na crise, espelhada em seis derrotas consecutivas, e que terminou com um triunfo (1-0) diante da Académica. "Não cheguei a estar 24 horas desempregado, mas correu bem. É sinal de que as pessoas estão atentas ao meu passado e ao que tenho feito pelos clubes todos. No São Martinho não correu bem", assume.
Os algarvios deixaram a Briosa isolada com a lanterna vermelha da Série B, no entanto, o técnico reconhece que o caminho é longo. "Há muito trabalhinho pela frente. Lutamos contra várias equipas que já passaram pela I Liga numa série fortíssima e competitiva", destaca. O grupo tem "muita vontade" de mudar o texto, todavia, é necessário "jogar em equipa." "Encarámos assim a Académica e não deu tempo para muito mais."
Segue-se, na próxima ronda, o Real SC, que também ficou para trás (quatro pontos face aos seis do Moncarapachense) na jornada anterior. "Ainda agora venderam muito cara a derrota ao Caldas. Mas assumo que é um encontro importante para sairmos dos últimos lugares", atira.
A jogar no José Arcanjo, casa do Olhanense, Bizarro concorda que isso é uma desvantagem. "É lógico que ninguém gosta de jogar em casa emprestada. Isso tira-nos público, mesmo sendo aqui ao lado. O Moncarapachense, o Fontinhas, o Real SC e o Oliveira do Hospital são um caso à parte, porque as restantes equipas já estiveram na I Liga", frisa.
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