O internacional japonês percebeu a mensagem do treinador e está muito mais comprometido com a equipa tanto em termos defensivos como ofensivos. Números confirmam esse crescimento
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O futebol de Nakajima cresceu e muito depois do puxão de orelhas que levou de Sérgio Conceição após jogo com o Portimonense. Isso mesmo já tinha sido evidente na partida de domingo, contra o Santa Clara, a contar para o campeonato, mas foi na Taça da Liga, frente ao mesmo adversário, que os adeptos viram um jogador como ainda não tinham visto.
Menos bolas perdidas e mais eficácia no passe entre outras coisas. O "puxão de orelhas" de Conceição funcionou
O JOGO seguiu ao minuto a exibição do ex-Portimonense e os números confirmam a melhoria. Shoya percebeu a mensagem do treinador do FC Porto e foi um jogador muito mais interventivo e comprometido com a equipa.
Comparando com aquilo que já tinha feito nas partidas anteriores, viu-se um jogador muito mais completo e em todo o lado. Apesar de ter corrido quilómetros, isso não lhe retirou discernimento. Aliás, a eficácia no passe até subiu dos 81 por cento dos encontros anteriores para os 90 por cento.
Nakajima não falhou nenhum dos 39 passes curtos que fez, alguns deles em grande velocidade e a proporcionar um bom entendimento com os companheiros. E dos quatro passes longos que errou foram sobretudo para as alas, numa tentativa de abrir a defensiva açoriana.
Muito empenhado até a nível defensivo, a exibição de Nakajima na Taça da Liga não se pode resumir às duas recuperações que fez. Neste aspeto, os números escondem até uma exibição muito completa. E isto porque o internacional japonês ajudou os laterais a defender, sobretudo Alex Telles, fechou espaços e recorreu à falta quando foi necessário.
Só uma foi assinalada, mas o ex-Portimonense até "carrinhos" fez para tentar travar os adversários. A subida de rendimento e a concentração notam-se de sobremaneira nas perdas de bola: apenas quatro, contra 8,6 em média nos jogos anteriores.
O JOGO seguiu ao minuto a exibição de Nakajima e contou, por exemplo, quatro disputas aéreas. Nos jogos anteriores tinha uma por jogo
Ofensivamente, para a história fica o cruzamento que fez para Diogo Leite marcar o único golo do encontro mas, com bola ou sem ela, Nakajima esteve sempre em jogo. Em alguns lances teve até nota artística.
Durante os 90 minutos, o número 10 portista nunca se "escondeu", bem pelo contrário, pediu constantemente a bola, abrindo linhas de passe para iniciar de imediato várias jogadas ofensivas. O público gostou, Sérgio Conceição também.
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