Organização quer limitar a três mandatos a presidência do Benfica e colocar a Direção em avaliação caso o Relatório e Contas seja chumbado. Conheça aqui as 14 medidas sugeridas
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O Movimento "Servir o Benfica" vai avançar para uma proposta de revisão de estatutos. A associação vai promover um debate aberto com benfiquistas e sugerir a convocação de uma Assembleia-Geral extraordinária. Caso não seja aceite, irão recolher assinaturas para levar à discussão algumas alterações do código de conduta do clube.
Entre as principais medidas estão a limitação de mandatos na presidência, no caso a três, fazendo com que o líder do clube só pudesse ficar 12 anos consecutivamente à frente dos destinos. Também quanto à Direção, o Movimento pede a responsabilização desta e do Conselho Fiscal no Relatório e Contas. Caso este seja chumbado, teriam direito a uma remodelação, mas admite-se a possibilidade de haver a cessação dos mandatos dos responsáveis.
Além destas, o Movimento pede a eleição dos diferentes órgãos sociais sem que estes estejam associados a uma lista de candidatura. Quanto às eleições, pede o fim do voto eletrónico e uma segunda volta caso o mais votado não alcance mais de 50% nas urnas. A associação advoga ainda que os estatutos não foram particularmente discutidos nas eleições, por se eleger a figura que lidera o clube e não propriamente as propostas e regras de conduta do clube.
Fique aqui com as 14 medidas sugeridas pelo Movimento "Servir o Benfica" e apresentadas por João Leite:
1 - Atribuição de cor específica aos equipamentos do Benfica: são muitos os sócios que não se reveem na política destes equipamentos que estão fora da fundação do Benfica. Apesar da inovação, devem ser utilizados de forma limitada em cada época;
2 - Abolição de discriminação negativa entre sócios efetivos e correspondentes. Ofende as bases populares. Defendemos que se mantenha o valor das quotas pagas, mas os direitos devem ser exatamente iguais;
3 - Atualização dos números de sócios feita de cinco em cinco anos;
4 - Responsabilização da Direção e do Conselho Fiscal quanto à aprovação do Relatório e Contas. Têm de apresentar documentos e se estes forem chumbados deverão implicar cessação dos mandatos, ainda que possam voltar a submeter uma proposta aos sócios;
5 - Limitação de mandatos dos órgãos sociais: vamos propor 12 anos no máximo, uma transição suave e que corresponde às melhores práticas na democracia;
6 - Eleições dos órgãos sociais em listas separadas;
7- Realização de uma segunda volta caso a equipa que tenha mais votos não atinja os 50%. Foi inspirada na candidatura do Dr. Rui Gomes da Silva e todas as boas ideias são bem-vindas;
8 - Redefinição de regras de votos conforme a antiguidade. Um voto por cada cinco anos de filiação. Aos 75 anos passariam a ter 20 votos. Isto exige mais responsabilidade e os sócios mais antigos terão um peso maior. Casas do Benfica são imprescindíveis e têm de votar. Terão um prémio consoante o número de anos de existência;
9 - Fim dos votos por delegações. Filiais como o Santa Clara ou Gil Vicente não devem poder votar nas eleições do Benfica;
10 - Aligeirar da regra de idade para se poder ser presidente do Benfica;
11 - Reuniões de Assembleia-Geral agendadas entre as 11 e as 15h e nos fins de semana ou feriados. Hoje a norma é sempre interpretada para que as reuniões se reúnam em tempo impróprio para os sócios. Só queremos promover e assegurar as condições possíveis para serem muito participadas;
12 - Abolição do voto eletrónico. Estatutos não obrigam ao voto eletrónico, mas essa opção tornou-se uma obrigatoriedade, o que não faz sentido;
13 - Condições para que correspondentes possam assistir a reuniões por meios informáticos;
14 - Alteração de regra estatutária da aprovação do ato eleitoral. Ato último revelou a necessidade de um regulamento eleitoral.