Movimento "Servir o Benfica" levanta dúvidas sobre o processo eleitoral do passado 28 de outubro e espera por resposta da Mesa da Assembleia-Geral quanto a uma auditoria à votação. Noronha Lopes esteve fora do processo
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O Movimento "Servir o Benfica" promoveu uma conferência de Imprensa virtual no qual elencou medidas para a revisão dos estatutos do Benfica. Além das propostas, foram deixadas algumas críticas quanto à transparência das eleições de 28 de outubro.
"O último ato revelou a necessidade de um regulamento eleitoral. Realizou-se sem regras, ao sabor do vento e das vontades do presidente da Mesa da Assembleia-Geral [Virgílio Duque Vieira], que não honrou os sócios. É preciso tempo para o fazer e para estar em vigor", principiou João Leite.
João Pinheiro, que era o candidato à presidência da Mesa da lista do Movimento continuou. "Perante questões jurídicas, o presidente da Mesa da Assembleia-Geral dá respostas aconchegadas à decisão da Direção de contratar equipa de segurança que levou os votos sabe-se lá para onde", atira, reiterando que a possibilidade de o ato ir à Justiça está em aberto: "Ainda estamos dentro do prazo de resposta por parte da Mesa da Assembleia-Geral [agora liderada por Rui Pereira] à nossa carta aberta. Faremos proposta de auditoria ao ato eleitoral e, se houver factos relevantes, devemos ir até às últimas consequências. Essa hipótese judicial nunca pode ser excluída. Não está afastada".
Francisco Benítez era a cara do projeto, mas abdicou em prol de Noronha Lopes, ex-candidato que não esteve neste processo. "Não nos revemos na posição assumida por João Noronha Lopes no assumir dos resultados eleitorais tendo em consideração todo o processo eleitoral. Esta proposta de revisão é do movimento, será aberta a todos os benfiquistas, mas não tem qualquer associação a nenhum outro associado a não ser os do movimento. O Movimento tinha existência no pré-processo eleitoral e continua no pós-eleições. Estamos ativos desde 2013 e atuamos com independência em relação a João Noronha Lopes. Esta é uma iniciativa dos sócios do Benfica. Não há nada de João Noronha Lopes aqui", afirma Pinheiro, que diz que "falta transparência ao Benfica em Assembleias em que os sócios têm 30 minutos para falar", assinalando o "desagrado com a performance desportiva" e garantindo que "a Direção do Benfica não condiciona o Movimento."