Declarações de José Mourinho, que este sábado se estreou ao comando técnico do Benfica, no triunfo fora de portas sobre o Aves SAD (0-3)
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Disse que não era tempo de revoluções, que ia só meter um dedo na equipa: "Meti dois [risos]. Pedi coisas novas. Joguei contra eles e analisei-os muito bem antes e depois. Não foi chegar a um clube onde tinha visto um ou dois jogos. Vi-os jogar muitas vezes e percebi que havia coisas que eu gostaria de mudar, mudar com o tempo. O trabalho foi pouco, mas o mais importante era tentar libertá-los do momento negativo, porque às vezes as pessoas não conseguem interpretar bem estas coisas. Os jogadores sofrem. Obviamente que o treinador que sai é aquele que sofre mais, mas os jogadores sofrem o momento, a dificuldade, gostam de ganhar. Disse-lhes que tinham de, como jogadores de clube grande, desfrutar da pressão, da responsabilidade. Não consegui totalmente passar essa mensagem, mas na segunda parte consegui que eles tivesse níveis de confiança e de ambição altos para resolver o jogo. Com o 0-3 o jogo acaba. Eles vêm de uma de uma série, de um jogo de Champions e é natural que tivessem baixado o ritmo, mas os níveis de ambição foram altos. Estou contente por eles e pelo Benfica fundamentalmente. Eu sou o treinador, mesmo só com os dois dias era importante para mim tentar começar bem, mas mais importante era o Benfica ganhar e os jogadores respirarem de uma maneira diferente."
Receção apoteótica. Sentiu-se bem-vindo? "Senti-me bem-vindo. Consensual não acredito, mas sinto o carinho e a confiança para dar muito ao pedal e para trabalhar e tentar conseguir os resultados que todos queremos."
25 anos após a estreia oficial como treinador principal: "Não sou supersticioso. Sei que fez hoje 25 anos que fui treinador principal pela primeira vez. Obviamente que tem algum significado, mas tenho a capacidade de bloquear esse tipo de emoções. O mais importante é que, depois de um empate em casa onde perdemos os primeiros pontos da época, hoje era fundamental ganhar."