Belenenses cometeu a proeza de marcar 34 golos no Dragão Arena, o que, não tendo valido o que seria um inesperado triunfo, colocou a nu enormes debilidades dos portistas, que venceram marcando 41 golos (41-34)
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Com uma largada muito positiva - três ações de bloco e uma primeira defesa de Sebastian Abrahamsson permitiram ao ataque carburar e partir de prego a fundo para a terceira jornada do Campeonato Placard -, os parciais de 4-0 e 5-1 indiciavam um desafio fácil para o FC Porto. Mas o Belenenses, que, tal como todas as equipas de João Florêncio, é muito matreiro e veloz, conseguiu, com mérito, recuperar terreno. Teve até a possibilidade de empatar a 12, cerca dos 16 minutos. Falhada tal hipótese - erro no passe do central para o ponta -, ZéLu marcou após assistência de Rui Silva, Abrahamsson voltou a fazer uma parada e Daymaro Salina abriu o resultado para três bolas (14-11). Estava passado o único susto dos 60" para os homens de Magnus Andersson, mas continuava por resolver um grave problema defensivo, isto a uma semana destes visitarem o Pavilhão João Rocha.
"Relaxamos rapidamente e não matámos o encontro. Sábado temos um jogo importante e talvez isso tenha estado na nossa cabeça. Mas é claro que devíamos ter tido todo o foco neste jogo. Sofrer 34 golos é demasiado", alertou o treinador sueco. Até ao intervalo os azuis e brancos chegaram a ter sete golos de distância (20-13 e 21-14), mas dois erros de palmatória, cometidos em 30 segundos, fizeram com que baixassem para os cinco. O Belenenses, sem Christopher Selles, o melhor atleta dos azuis na vitória sobre o ABC na jornada anterior, acreditava no que fazia, mas os dragões foram mantendo as distâncias, que chegaram a um máximo de 11 golos (36-25 e 39-28), mas sempre com uma deficitária atitude defensiva. "Jogamos de igual para igual e resultado até podia ter sido um bocadinho melhor", considerou Florêncio.