Mourinho e o erro que deu golo ao Sporting: "Na segunda parte, o Trubin não toca na bola"

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Jogo com duas partes distintas, ou a partir dos 30 minutos: "A partir dos 30' concordo, acho que dizer duas partes é sermos demasiado simpáticos com o Sporting e um bocado antipáticos com os nossos. Começámos mal, consequentemente o Sporting começou bem, marcámos um 'autogolo' que me chateia sobremaneira. Como sempre treinámos a construção de maneiras diferentes consoante a pressão do adversário e no nosso trabalho havia uma regra, que era nada de triângulos na zona baixa, entre o guarda-redes e o médio. Martelámos muito sobre isso, trabalhámos outras maneiras e no primeiro pontapé de baliza, 'autogolo'... Depois temos um período mau, em que perdemos muitas bolas e em que a equipa estava a sentir a pressão do resultado e do mau início e perdeu muitas bolas, depois há a reação, o golo e o fim da primeira parte é o preãmbulo da segunda, em que fomos dominantes e não tivemos uma ocasião de perigo na nossa área, só um canto aos 90'. Num jogo destes, contra um adversário tão bom, não íamos ter seis nem sete oportunidades gigantes de golo, mas o cabeceamento do Ríos, é o Suárez que tirou, no remate do Ríos a bola parece que vai dentro e vai fora, temos outra do Aursnes, transições perigosas... Na segunda parte fomos francamente melhores. Depois o Ivanovic entra para a profundidade, fresco, e ficamos com um a menos. Com isso, o jogo teve outro cariz."

Pressão aos jogadores do Sporting foi ponto fulcral desse domínio? "Acho que sim, nós na parte final da primeira parte já interpretámos melhor. Quando faltavam 10 minutos para o intervalo, pedi ao meu analista que fosse preparar duas ou três imagens que tinha selecionado na primeira parte para ajustar a pressão e eles interpretaram bem. Depois, quando tens gente como Barreiro e Ríos, muito forte na pressão, com intensidade, controlámos bem naquela zona".

Porque é que acontece aquele início de jogo? A bola parecia ter picos: "A questão já a expus aos jogadores, porque tinha posto aquela regra e porque fizeram aquilo. Depois a tremideira é uma consequência [do lance do golo do Sporting], porque eles sabem que erraram. O guarda-redes e o Enzo sabem que erraram, depois houve mais uns erros e há também a reação do público, que sabe que as coisas não estão a correr bem. Depois há a reação, eles acalmaram e o golo do empate mete as coisas no patamar emocional zero. Na segunda parte foi tudo com mais confiança, também não tivemos nenhum pontapé de baliza porque o Sporting não fez nenhum remate à baliza, mas jogámos em dois terços do campo e o Trubin não toca na bola".