Delfim, antigo médio do Sporting, aponta a receita para deixar o internacional japonês mais confortável no jogo do título
Corpo do artigo
O castigo disciplinar de Morten Hjulmand por acumulação de cartões amarelos deixa o Sporting desfalcado no meio-campo para a última e decisiva jornada do campeonato, em que os leões vão receber o Vitória de Guimarães, em Alvalade. O capitão leonino é uma baixa de peso, mas Morita, recém-recuperado dos vários problemas físicos que o afetaram nas últimas semanas, estará pronto para assumir um lugar na dupla do miolo do terreno (com Debast), após ter somado alguns minutos de competição como titular, frente ao Gil Vicente (saiu aos 64'), e diante do Benfica, como suplente utilizado (lançado aos 58').
Delfim, antigo médio do Sporting e campeão em 2000, expressou, em declarações a O JOGO, a sua confiança no médio nipónico, mas pede à equipa verde e branca que ajude o camisola 5 a sentir-se confortável no encontro decisivo: “É uma situação complicada, a equipa está entrosada com o onze habitual, com Hjulmand, o capitão, como um dos jogadores-chave. Contudo, creio que o Sporting terá uma motivação de tal forma crescente que o colega que o substituir fará um bom serviço. Morita tem sido opção, tem entrado, é um jogador distinto do Hjulmand, mas tem uma excelente leitura do jogo, e pode ser auxiliado pelos restantes colegas do meio-campo. Depende da forma como o Sporting conseguir manter a bola, da quantidade de tempo em que o Sporting não tiver a bola, e do desgaste físico, principalmente nos jogadores que estiveram lesionados e estão a retomar. Uma coisa é fazer minutos com bola, a gestão do esforço é totalmente diferente do que quando se está à procura da bola. O desgaste será muito maior, as substituições serão feitas em função dessa posse, ou não, de bola”, explicou Delfim.
Bom saldo sem Hjulmand
A importância do internacional dinamarquês na estratégia leonina não pode ser desvalorizada, porém, na maioria dos encontros que Hjulmand falhou esta temporada, o Sporting não demonstrou particulares dificuldades em atingir bons resultados. O conjunto verde e branco venceu os encontros da liga frente a Nacional da Madeira (6-1, na 2.ª jornada), Farense (5-0, na 3.ª jornada), Estoril Praia (3-1, na 24.ª jornada) e Estrela da Amadora (3-0, na 27.ª jornada), ainda que tenha empatado com o Aves SAD (2-2, na 23.ª jornada).
Na ausência do camisola 42, o Sporting venceu, ainda, o Gil Vicente nos quartos de final da Taça de Portugal (1-0), no entanto, na Liga dos Campeões, perdeu, por 3-0, a primeira mão do play-off de acesso aos oitavos de final, frente ao Dortmund. O balanço, não sendo perfeito, é bastante positivo, e alimenta a esperança da equipa leonina de celebrar a conquista do tão ambicionado bicampeonato numa temporada repleta deste tipo de obstáculos.
Eduardo Felicíssimo Plano B acumulou rotação na fase mais crítica do ano
As várias contrariedades enfrentadas pelos leões na atual campanha, nomeadamente devido às lesões que afetaram vários jogadores do meio-campo, levaram a que alguns jovens médios da formação tenham beneficiado de uma oportunidade na equipa principal. Deste lote, onde se incluem Alexandre Brito, Henrique Arreiol e Kauã Oliveira, foi Eduardo Felicíssimo o que reuniu, de uma forma mais convincente, a confiança de Rui Borges na reta final da temporada, isto depois da lesão de João Simões que já tinha “pegado de estaca”. O camisola 73 – de 18 anos e titular em dois encontros esta época, de um total de sete jogos na equipa A – afigura-se, por estes dias, como a alternativa mais segura a Morita e Debast. Isto apesar de ter sido titular na equipa B no último jogo, sabendo-se que os bês jogam no sábado a promoção à II Liga.