Moreirense-FC Porto um a um: Fábio Abreu deu asas, mas Corona teve arte e engenho
Confira as notas atribuídas por O JOGO aos jogadores do encontro entre Moreirense e FC Porto, da jornada 16, que os dragões venceram por 4-2.
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Mateus Pasinato 5
O guarda-redes pouco ou nada podia fazer para evitar os quatro golos sofridos e, nas restantes vezes em que foi solicitado, correspondeu às exigências.
João Aurélio 5
O lateral-direito não comprometeu em termos defensivos e não regateou esforços no sentido de largura ao jogo ofensivo da sua equipa. Num cruzamento/remate obteve o segundo golo da sua equipa.
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Rosic 4
Apesar de empenhado, o central esteve algo periclitante e alternou boas decisões com outras menos positivas.
Iago Santos 5
Uma noite ingrata para o brasileiro, que raras vezes se deixou superar no eixo da defesa dos cónegos.
Abdu Conté 4
O lateral-esquerdo bem se esforçou para manter seguro o seu flanco, mas Otávio e Corona puseram-lhe a cabeça em água em algumas ocasiões. Fez o penálti do 1-1.
Fábio Pacheco 6
Para além de tentar garantir o equilíbrio defensivo da equipa, o médio de cobertura anulou muitas das iniciativas contrárias e ainda tentou colaborar na construção.
Filipe Soares 6
O internacional sub-21 português correu quilómetros no meio-campo, ora contribuindo para a coesão do sector, ora colaborando e participando em ações ofensivas.
Luís Machado 6
Atuou preferencialmente sobre o flanco direito e causou várias aflições no lado esquerdo da defesa contrária, nomeadamente no decorrer da primeira metade. Manteve a bitola na segunda, mas foi perdendo fulgor.
Pedro Nuno 5
Surgiu sobre o lado esquerdo e além da ajuda a fechar o flanco, vigiando a progressão de Corona, contribuiu para a dinâmica ofensiva da sua equipa. Aos 7", passou por Mbemba e testou a atenção de Marchesín.
Alex Soares 5
Jogou no apoio ao ponta de lança, mas também funcionou como uma espécie de quinto médio e teve uma ação importante na ligação do jogo ofensivo.
Fábio Abreu 6
Surgiu no eixo do ataque e cedo deixou a sua marca no jogo. Não se deixou endeusar pelo 1-0, teve um movimento com influência no 2-2, e manteve os centrais portistas em sobressalto.
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Bilel 5
Entrou para o lado esquerdo do ataque e tentou provocar desequilíbrios, mas nessa altura o adversário já estava mais consistente em termos defensivos.
Nenê 5
O experiente ponta de lança bem se esforçou para inverter a tendência do resultado, mas não lhe deram espaço para brilhar.
David Texeira 5
O uruguaio voltou a ser aposta, mas a exemplo do brasileiro não teve oportunidade para se mostrar.
FC PORTO UM A UM
Marchesín 5
Podia ter feito melhor no lance do segundo golo (45"), algo caricato. Terá ficado na expectativa que Fábio Abreu atacasse o lance e já não reagiu a tempo de defender quando o cruzamento de João Aurélio se encaminhou para a baliza. No primeiro, a bola saiu desviada dele, mas encaminhou-se lentamente para a baliza, dando a sensação de que também podia ter feito algo mais.
Mbemba 4
Muitas dificuldades com bolas em velocidade e cruzamentos tensos metidos para a área. No primeiro golo, a bola ainda lhe passa entre as pernas. No segundo acabou embrulhado com Fábio Abreu.
Diogo Leite 4
Ficou mal na fotografia do primeiro golo ao permitir que Fábio Abreu o "apagasse" com uma finta soberba, que deixou a defesa desequilibrada. Em cima do intervalo não conseguiu travar Luís Machado, que cruzou com muito perigo.
Alex Telles 7
Não tremeu na grande penalidade, marcando o segundo golo. Foi um foco de inquietação para o Moreirense. Numa altura decisiva arrancou um corte precioso ao segundo poste (76").
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Danilo 6
Recuperou a bola a meio-campo no lance do terceiro golo e foi importante na cobertura no corredor central, onde ganhou bolas em espaços muito pressionados.
Uribe 6
Bem na cobertura defensiva e sobretudo nas compensações a Alex Telles, quando se adiantou pelo corredor. O Moreirense procurou várias vezes aproveitar um ou outro desequilíbrio.
Otávio 6
Passou por dificuldades, porque os "armários" do Moreirense não lhe deram hipóteses nos duelos físicos, daí que tivesse procurado jogar rápido. Baixou no meio-campo com a saída de Uribe. Meteu bem a bola na área, num lance decisivo para Díaz marcar.
Nakajima 5
Sofreu com os duelos físicos, lances divididos e a pressão no portador da bola, não conseguindo riscar qualquer desequilíbrio. Sérgio percebeu isso e antes da meia hora de jogo mudou a estrutura, puxando o japonês mais para a linha e devolvendo Marega a uma dupla com Soares.
Marega 6
Esbarrou em Nakajima (3") e a bola ficou ao alcance do adversário, desequilibrando fatalmente o FC Porto. Falhou a emenda para o golo (57"), num cruzamento de Otávio. No lance do terceiro ainda toca de cabeça para o segundo poste, onde apareceu Luis Díaz.
Soares 7
Fez o empate de cabeça (31") com uma entrada de rompante. Mostrou uma vez mais estar com veia goleadora ao marcar o oitavo golo em outros tantos jogos como titular e afirma-se perante a concorrência como o ponta de lança em melhor forma.
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Luis Díaz 8
Voltou a funcionar bem como jóquer, entrando para marcar quando a equipa precisava. Já o tinha feito em Chaves, na Taça da Liga. Viu bem Corona e serviu-o, variando de flanco, na jogada do quarto golo.
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Fábio Silva 5
Era preciso fixar os defesas lá atrás e manter velocidade na frente e cumpriu.
Manafá 5
Foi colocar-se a lateral-direito e com isso, Corona subiu na ala, para jogar a extremo e manter o Moreirense sob pressão.
A FIGURA
Corona: 8
Tricotou um e arrancou outro até festejar
Estreou-se a marcar nesta época e em boa altura, arrancando um jogo pleno. Com a equipa em apuros, fez estragos como só os artistas sabem fazer, trocando as voltas a Pedro Nuno, que lhe deu tempo para tudo, antes de disparar um cruzamento teleguiado para a cabeça de Soares. Depois, andou ali a moer a paciência aos adversários, com futebol curto, feito de fintas e provocações, que irritam quem nasce sem as ferramentas para o travar. Sofreu a falta para grande penalidade, desafiando o perigo e até correndo o risco de se lesionar, mas conseguiu, dando ao FC Porto a oportunidade de virar o resultado. Por fim, pura arte na forma como recebeu uma bola de Luis Díaz que, para o comum dos mortais, seria praticamente impossível de controlar, mas que ele teve o engenho de transformar, levantando-a subtilmente, antes de disparar uma bola que saiu a pingar dentro da baliza do Moreirense. O duplo amarelo, que lhe permite defrontar o Braga na próxima jornada, não tira brilho à exibição.
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