FC Porto sofreu golos nos cinco encontros que disputou esta época, a pior série desde março de 2022.
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O FC Porto encerrou o primeiro ciclo competitivo de 2023/24 com três vitórias (Moreirense, Farense e Rio Ave), um empate (Arouca) e uma derrota (Benfica), sendo que todos os encontros tiveram um denominador comum: a incapacidade de manter a baliza de Diogo Costa a zeros.
Os dragões sofreram golos nas cinco partidas que disputaram e, ainda que só no primeiro (a Supertaça) tenham encaixado mais do que um (0-2), este dado traduz a instabilidade defensiva que tem assolado os azuis e brancos.
Tanto assim é que se torna necessário recuar duas temporadas, até 2021/22, para encontrar a última série de cinco de jogos consecutivos a sofrer. Aconteceu entre 24 de fevereiro e 9 de março do ano passado, contra Lázio, Gil Vicente, Sporting, Paços de Ferreira e Lyon.
A presente sequência ainda está longe da pior na "era Conceição" - oito jogos a sofrer, entre dezembro de 2019 e janeiro de 2020 -, mas uma das prioridades do homem do leme portista passa por blindar o setor recuado, que, importa referir, tem sido sujeito a mexidas constantes. Basta dizer, aliás, que Sérgio ainda não repetiu a constituição do quarteto defensivo de um desafio para o outro, seja por opção, castigo ou lesão. Para o duelo do último domingo com o Arouca, o treinador do FC Porto foi obrigado a lançar Fábio Cardoso, que rendeu Pepe, indisponível devido a uma mialgia na perna direita que também o afastou dos compromissos da Seleção, contra Eslováquia e Luxemburgo.
A respeito do capitão, a expectativa é que esteja apto para defrontar o Estrela da Amadora, no dia 15, em partida referente à quinta jornada da I Liga. O histórico clínico de Pepe aconselha alguma cautela, mas a tipologia da lesão abre boas perspetivas para uma recuperação célere. A juntar a isto, O JOGO sabe que o central, de 40 anos, abdicou das folgas para dar seguimento ao plano de recuperação no centro de treinos do Olival. Confirmando-se a disponibilidade do internacional português, Sérgio Conceição poderá contar com o líder espiritual da equipa para comandar o setor recuado e, em simultâneo, ter em campo um jogador que funciona como uma extensão do treinador.
O passado recente mostra que o técnico dos dragões tem apostado de imediato no regresso de Pepe ao onze assim que este está restabelecido de lesões menores e o próximo encontro não será exceção. Em todo o caso, se esse cenário não se verificar, a missão não muda: é imperativo melhorar o aspeto defensivo e o primeiro passo é não sofrer. E isso, como se sabe, é meio caminho para a vitória.