Processo em que administradores e a SAD são considerados arguidos foi declarado urgente tendo em conta os factos apurados e o risco de prescrição
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O mega-processo de corrupção no Benfica iniciado com o "Caso dos e-mails", a que se juntaram depois mais seis inquéritos, e no qual estão em causa crimes de corrupção desportiva, tráfico de influências e oferta e recebimento indevido de vantagem, foi considerado "urgente" pelo Ministério Público, revela o Porto Canal.
O Porto Canal teve acesso ao despacho datado de 21 de dezembro de 2022, do Ministério Público, sobre o mega-processo em que administradores e a SAD dos encarnados são considerados arguidos.
"Atenta a factualidade que no decurso da investigação se apurou, e considerando a data dos factos e o risco de prescrição do procedimento criminal, determina-se, atenta a urgência, que no presente processo não sejam aplicadas as limitações referidas no art. 103.º, n.º 1 do Código de Processo Penal." Assim, atribuiu-se um "caráter urgente aos presentes autos", revela o Porto Canal.
A SAD foi constituída arguida, pois foi a principal beneficiada dos factos que ocorreram entre 2013 e as cinco épocas seguintes.
Uma reportagem da CNN de janeiro deu conta de o clube da Luz ter montado "uma teia de subornos junto do mundo da arbitragem e até de jogadores de equipas adversárias".
A 7 de janeiro deste ano, o Benfica confirmou em comunicado que a SAD foi constituída arguida, dias antes, "assim como, por inerência e entre outros, os membros do Conselho de Administração no mandato 2016 a 2020 e que se encontram atualmente em funções." "A Benfica SAD não fará mais qualquer comentário sobre este assunto visto o processo se encontrar em segredo de justiça. A Benfica SAD manifesta a sua total disponibilidade e abertura para colaborar com as entidades competentes como sempre aconteceu até aqui", completou na altura o clube da Luz em comunicado.
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