Nandinho e António Carvalho, dois antigos jogadores do Vitória, analisam a derrota sofrida nos últimos segundos na receção ao Portimonense.
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Após as derrotas com o Benfica, na Luz, e com o Tondela, para a Taça da Liga, o Vitória perdeu, domingo, pela terceira vez consecutiva.
Um golo de Carlinhos no último lance do jogo deu ao Portimonense o triunfo por 2-1, pouco depois de a equipa vitoriana ter estado perto de marcar.
Nandinho, que representou o clube entre 1999 e 2002, defende que "a obrigação de ganhar" explica o golo sofrido nos últimos segundos. "Se se contentasse com o empate, provavelmente nunca permitiria aquele contra-ataque no último segundo, em igualdade numérica. Ficou descompensado atrás porque quase todos os jogadores estavam no meio-campo defensivo do Portimonense", sublinhou, destacando "a capacidade técnica e física" de Carlinhos para fazer o 1-2.
O técnico e antigo extremo considera que este resultado "não passa de um acidente de percurso." "Ainda só estão disputadas cinco jornadas, tem três vitórias, está a fazer um percurso normal, não vai certamente lutar para ser campeão e tem todas as condições para fazer uma época digna, de acordo com os pergaminhos do clube", perspetivou.
António Carvalho, um dos 17 embaixadores do V. Guimarães, defende que a equipa de Paulo Turra "não soube gerir a bola na segunda parte, depois de uma primeira parte em que esteve bem." "Notou-se também falta de experiência e as substituições não acrescentaram nada. Estou desiludido, sobretudo pelo que a equipa fez nestes dois últimos jogos em casa. Parece que não está bem fisicamente, não reage à perda da bola, e é isso que terá de fazer, a começar pelo jogo com o Casa Pia, que também pode causar estragos", apontou o ex-jogador que fez 178 jogos pelo clube.
Tal como Nandinho, Carvalho entende que "é preciso saber gerir a ambição de querer ganhar." É importante ir para a frente, mas é preciso saber manter o equilíbrio e ter jogadores que compensem o momento ofensivo", analisou, acrescentando que o Vitória "perdeu muito com a saída de Tiago Silva." "Mesmo cansado, era o jogador que segurava e fazia circular a bola", apontou.