Confira as notas atribuídas por O JOGO aos jogadores de Marítimo e FC Porto que alinharam no jogo que terminou com a vitória azul e branca por 2-0.
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MARÍTIMO
Amir - 6
Aos 62" levou o Caldeirão dos Barreiros ao rubro ao defender a grande penalidade de Marega. Ainda teve outras boas intervenções, mas nos golos nada podia ter feito.
Bebeto - 4
Teria sido uma boa exibição não fosse o mau passe aos 73", quando a equipa estava toda lançada na frente, originando assim o contra-ataque fulminante do segundo golo portista.
Marcão - 6
Foi a grande surpresa nas opções iniciais de Cláudio Braga. Correspondeu à aposta do treinador com uma exibição segura e aguerrida.
Zainadine - 6
Voltou a ser o elemento de maior destaque no sector defensivo, com alguns cortes providenciais. Em algumas vezes também tentou lançar a equipa no ataque, com passes em profundidade.
Lucas Áfrico - 4
Esteve sempre muito certinho nas suas intervenções. Mas como no "melhor pano cai a nódoa", foi ele quem cometeu a falta sobre Soares, que originou a grande penalidade assinalada por Carlos Xistra.
Fábio China - 6
Como sempre voltou a ser muito esforçado no eixo esquerda da defensiva madeirense, travando as iniciativas de ataque de Brahimi.
Vukovic - 6
Um dos melhores elementos da equipa da casa. Foi muito importante no meio-campo, dando equilíbrio e filtrando com mérito as diversas ofensivas do adversário.
Fabrício - 5
Na primeira parte, notabilizou-se pelo seu poderio físico, através das investidas pelo lado esquerdo portista, onde Telles mostrou não ter andamento para o brasileiro. Na segunda, caiu em produção, acabando por ser substituído aos 80".
Jean Cléber - 5
Tentou segurar o miolo verde-rubro. Esteve umas vezes bem, outras nem tanto.
Danny - 3
Num despique a meio-campo com o Otávio, numa altura em que o Marítimo já perdia, viu o vermelho direto sem necessidade, dificultando assim, ainda mais a tarefa aos seus companheiros. Novamente uma exibição cinzenta.
Joel Tagueu - 6
Na primeira parte, batalhou imenso na frente e ajudou em tarefas defensivas. Foi dele, as melhores oportunidades do Marítimo. No segundo tempo, continuou desamparado e mais nada podia fazer.
Correa - 4
Aos 74" o argentino entrou para desequilibrar, mas as intenções não passaram disso.
Ricardo Valente - 3
Entrou nos últimos dez minutos e já com o resultado feito. Não podia fazer milagres.
Rodrigo Pinho - 2
O avançado brasileiro só esteve em campo quatro minutos, mas ainda teve oportunidade para fazer um remate à baliza de Casillas.
FC PORTO
Casillas - 7
A grande defesa numa bomba de Joel à queima-roupa (28") foi a intervenção mais exigente e garantiu o empate ao intervalo. No restante bastou concentração e colocação.
Maxi Pereira - 5
Não arriscou muito em termos ofensivos e a defender nunca foi posto perante grandes dificuldades, apesar de Danny andar muito por ali, obrigando-o a não perder o foco.
Felipe - 6
Bem colocado, ganhou a grande maioria dos duelos com os avançados do Marítimo. A boa leitura de jogo acabou ainda por levá-lo a desarmar várias vezes os adversários na antecipação. Desperdiçou um cabeceamento na pequena área (77").
Éder Militão - 6
Há a assinalar uma interceção falhada (32"), também por causa do mau estado do relvado, mas no restante esteve seguro e bem posicionado.
Alex Telles - 5
Os cruzamentos não lhe saíram bem, nem as investidas à procura da profundidade e não foi só ontem que se viu isso. Não atravessa um bom momento.
Danilo - 6
Impecável na cobertura do meio-campo, ganhando vários lances, esteve mais atabalhoado no capítulo do remate, sempre muito disparatado. Mas tentou.
Óliver - 8
Está bem e recomenda-se, tanto no auxílio defensivo, como no critério na saída com bola e na procura dos espaços para manter a fluidez na circulação. Ganhou na pressão sobre Zainadine, iniciando o contra-ataque para o segundo golo, lance em que manteve o discernimento ao meter a bola em Otávio. Voltou a procurar o golo, mas ainda não foi desta.
Corona - 6
Foi dos poucos que conseguiram mexer naquela dupla cortina defensiva madeirense, com fintas e um par de cruzamentos na tentativa de criar desequilíbrios. Recuou para lateral com a saída de Maxi.
Brahimi - 5
Criou muito pouco para quem costuma ser um foco de destabilização para os rivais. Deu-se mal com a falta de espaços à esquerda e noutras zonas, também não acrescentou grande coisa.
Marega - 6
Falhou na cobrança da grande penalidade (64"), mas não se mostrou afetado por isso, mantendo a atitude na procura do golo. Acabou por isolar Otávio com o calcanhar (70"), antes de ele próprio marcar o segundo e acabar ali com o jogo.
Soares - 5
Sofreu a falta que deu o penálti aos azuis e brancos e esteve envolvido no lance do golo de Otávio, mas voltou a não funcionar. Esteve mal no controlo de bola, trapalhão na disputa de vários lances e acabou o jogo sem fazer um remate à baliza, o que é mau para um avançado.
Herrera - 5
Voltou a começar no banco e entrou numa fase em que era preciso devolver equilíbrio à equipa, fechar linhas e garantir que o Marítimo não criasse surpresas. Cumpriu com a missão.
Mbemba - 5
Depois da Taça da Liga, o defesa voltou a ir a jogo, estreando-se no campeonato português, ainda que adaptado a lateral-direito para devolver Corona ao ataque e estabilizar a defesa. Não se deu mal nas funções.
A FIGURA
Otávio - 8
Um furacão contra as forças de bloqueio
Bastaram cinco minutos de Otávio em campo para que o FC Porto marcasse dois golos e resolvesse aquilo que estava a revelar-se uma grande tormenta. Até à entrada do brasileiro, o Marítimo tinha os azuis e brancos completamente amarrados, sem soluções, embalados num ritmo baixo, já com a sombra crescente do fantasma do Caldeirão a pairar sobre o jogo. Mas Otávio foi como um furacão que não se fez anunciar e entrou de rompante pela defesa fora, batendo Amir - marcou o terceiro golo da época - logo na primeira oportunidade, graças a uma dinâmica que rompeu com a inércia que ameaçava tomar conta do jogo. Resumindo, derrubou as forças de bloqueio maritimistas e antes que os madeirenses pudessem contagiá-lo com a mesma letargia com que tinham controlado os campeões nacionais, o brasileiro ajudou a desferir o segundo golpe. O FC Porto apanhou o ritmo e Óliver disparou como uma seta, meteu em Otávio, que assistiu Marega e arrumou com o jogo.