A chegada de Marín dita recorde de espanhóis. Bueno fala do lateral e Dani Mallo da tendência reforçada; Mallo foi guarda-redes dos guerreiros entre 2006 e 2008, um dos 20 espanhóis que já vestiram a camisola arsenalista. Marín juntou-se a Gómez, Djaló e Ruiz e recebe elogios de Bueno, colega no Leganés.
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Braga está a menos de uma hora de Vigo, principal cidade que liga fluxos históricos do Minho para a Galiza, e vice-versa. A proximidade alarga-se à esfera futebolística, havendo sotaque espanhol profundamente enraizado no plantel dos guerreiros. E como nunca! Há quatro vozes que aceleram em comparação com as restantes. O lateral Marín chegou para reforçar o contingente de "nuestros hermanos", agora com um catalão, Víctor Gómez, dois homens filhos da região valenciana, Marín e Ruiz, outro de Madrid, adotado pelo País Basco e descendente da Guiné-Bissau, Álvaro Djaló.
Por Braga já passaram 20 espanhóis na sua densa história, sendo Abel Ruiz o recordista de jogos, e Vélez o de golos. A "espanholização" dos minhotos e o respetivo contributo nas suas ambições está à vista. Marín é o último ingrediente, recebendo aval de Bueno, seu antigo colega no Leganés, e que em Portugal passou por FC Porto e Boavista.
"É um lateral potente, com arranque forte que se somava a ataques com muita intenção", recorda o avançado. "Portugal é um bom cenário para desenvolvimento de jovens jogadores. Deparam-se com menos pressão e ele encontrou essa confiança. Ofensivamente, é um ótimo recurso e chega a um grande de Portugal para triunfar. O Braga tem uma ótima estrutura que ajuda numa integração fácil", elogia Alberto Bueno, avaliando o encaixe de Marín nos guerreiros. "Conhece o país, a cultura e o futebol, pelo que viveu no Famalicão e Gil Vicente. O Braga joga bem, tem um jogo associativo, vistoso e atrativo. Tem características fantásticas para se enquadrar nesse estilo", garante Bueno.
Guarda-redes do Braga entre 2006 e 2008, com um total de 13 jogos, Dani Mallo é um galego atento à "espanholização" dos arsenalistas. "A dimensão alcançada pelo Braga tornou-se muito interessante para quem chega de Espanha, pois percebem que é um clube importante que lhes garante projeção em Portugal e na Europa", admite o antigo atleta, hoje com 44 anos. "Sigo com carinho o Braga, um clube que cresceu brutalmente a nível doméstico e europeu. A trajetória e os resultados confirmam que jogar pelo Braga é uma boa aposta", acrescenta Dani Mallo, elogiando todo o elenco espanhol, particularmente Víctor Gómez e Abel Ruiz, figuras indiscutíveis nas seleções jovens de Espanha, que lutam pelo título europeu de sub-21.