Maliano é o jogador africano com melhor média de golos nas ligas europeias, à frente de nomes consagrados como Salah e Aubameyang, e bisa como ninguém.
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Marega é o melhor marcador do FC Porto no campeonato, com 20 golos, o rei dos bis nas ligas europeias e o avançado africano com melhor média de jogos/golos. Olhado com alguma desconfiança no começo da época, Marega tem contrariado as opiniões mais desfavoráveis e subido a pulso no ranking de goleadores em Portugal e na Europa. O maliano assume-se mesmo como um caso raro na arte de marcar dois golos num jogo, depois de em Portimão ter alcançado novamente essa proeza, num encontro em que foi perfeito no capítulo do remate: dois disparos, outros tantos festejos. São agora sete as vezes que bisou em 2017/18, surgindo nesta fase da temporada destacado no topo da tabela de jogadores que mais vezes o conseguiram. Atrás dele, com seis, tem os consagrados Harry Kane (Tottenham) e Edinson Cavani (Paris Saint-Germain) - bem como os menos famosos Burak Yilmaz (Trabzonspor) e Taulemesse (AEK Larnaca) -, o que só engrandece o feito. O benfiquista Jonas surge logo a seguir, com cinco jogos a bisar.
Os 20 golos que Marega leva na I Liga ainda o deixam aquém dos 23 de Mohamed Salah (Premier League) na tabela de goleadores africanos a jogar no Velho Continente, mas o caso muda de figura quando se calcula a média com que fazem o gosto ao pé. Aí, o internacional maliano surge acima do egípcio, ainda que por um par de milésimas, muito por culpa desta tendência para marcar golos a dobrar, até porque tem menos quatro encontros efetuados que o jogador do Liverpool, que recentemente conquistou o prémio de melhor do ano da CAF em 2017. Aboubakar, que falhou as últimas três jornadas e meia (segunda parte com o Estoril), leva 15 disparos certeiros, à razão de 0,71 por jogo.
A aptidão de Marega para bisar, de resto, não é exclusiva dos encontros com os ditos pequenos; o avançado também já o fez contra um grande e, curiosamente, foi contra o próximo adversário do FC Porto: o Sporting. Foi na temporada de 2016/17, quando representava o Vitória de Guimarães, e essa proeza foi fundamental para os vitorianos recuperarem de uma desvantagem de três golos ao minuto 69 para um empate a três no final. Esta época, paradoxalmente, ainda não marcou aos rivais de Lisboa, mas sexta-feira terá nova oportunidade.