Extremo inglês é o jogador vitoriano que conduz mais ataques. Conquistou, por fim, o treinador Pepa. Pela primeira vez nesta época, acumulou três jogos inteiros consecutivos.
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A rotação de opções para as alas do Vitória de Guimarães deixou de abranger Marcus Edwards.
O extremo tem apresentado argumentos ofensivos como nenhum outro na equipa e situa-se agora num patamar superior em relação aos concorrentes diretos Rochinha, Ricardo Quaresma e Rúben Lameiras, somando, pela primeira vez nesta época, três jogos inteiros consecutivos.
O último verificou-se em Alvalade, perante o Sporting, com o número 10 a assumir-se como principal desequilibrador da equipa vimaranense, pecando somente na finalização.
A aptidão para fazer a diferença, em queda na época passada, voltou a manifestar-se bem cedo, à boleia do futebol de ataque concebido por Pepa, sendo Edwards nesta altura o jogador vitoriano que mais ataques soma no campeonato. São 56, e não se trata de uma soma modesta, uma vez que é superada somente por Luis Díaz (87), do FC Porto, Bukia (70), do Arouca, Galeno (66), do Braga (que ainda joga hoje), e Rafa (62), do Benfica. Em contraciclo, para já, com épocas anteriores, servir os pontas de lança Óscar Estupiñán e Bruno Duarte é que tem sido um estranho problema para a outrora jovem pérola do Tottenham, o clube inglês que, no verão de 2019, aceitou cedê-lo em definitivo aos minhotos, na condição de receber metade do encaixe numa futura transferência. Até ao momento, não leva qualquer assistência, mas já igualou os três golos apontados em 2020/21, numa clara demonstração de que pode estar a acelerar para a melhor época em Portugal, pelo menos, na finalização.
As qualidades de Marcus Edwards nunca passaram despercebidas a Pepa. Apesar da hegemonia inicial de Ricardo Quaresma nas alas, sempre foi opção (ora como titular, ora como suplente utilizado) para o treinador, integrando nesta altura uma restrita elite de jogadores presentes nas 15 partidas oficiais do Vitória. Aqui entram os nomes de André André (975 minutos), André Almeida (689) e Nicolas Janvier (340), destacando-se deles, ainda assim, o baixinho inglês, por já totalizar 1028 minutos, o que faz dele também o terceiro mais utilizado, depois dos defesas Borevkovic (1229) e Sacko (1048).