De olho no Mundial, Marchesín há algum tempo que queria deixar o Dragão para jogar com regularidade, mas adiou tudo quando percebeu que teria de defrontar o Tondela
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Marchesín foi um dos nomes que animou o mercado de transferências no verão. Foi dado como certo no Almeria, mas o argentino garantiu que não era isso que lhe chegava através do empresário. Quando se percebeu que Diogo Costa não poderia jogar a Supertaça por castigo, nem hesitou e colocou a saída em stand-by.
Argentino agradece a Pinto da Costa e ao clube por ter permitido a saída para o Celta de Vigo, onde acredita ser possível somar títulos na próxima temporada. Ir ao Catar ainda está nos planos
Chegou a ser apontado ao Almeria. O que pesou na escolha do Celta?
-O Almeria foi algo que nunca se concretizou. O que saía nas notícias não era o que sabia e o que chegava ao meu representante. Depois surgiu a situação do Diogo [Costa] já sobre o final da minha estadia no FC Porto. Com a suspensão para a final [da Supertaça] tocou-me jogar e, nessa semana, disse ao meu representante que o jogo era mais importante, que queria pensar nele e que por favor me mantivesse à margem de tudo o que se passava nesse momento. Sentia que a responsabilidade, era o jogo que me tocava jogar. Era, nada mais nada menos, do que uma final e, por sorte, saiu tudo bem. Depois, quando terminou o jogo, sentei-me com ele para conversar, não sabia bem [o que ia acontecer], porque até ao último momento não sabia se o FC Porto me ia deixar sair ou não. Depois, tive a oportunidade de falar com o presidente, a quem agradeço pela forma como me tratou nos anos em que estive no FC Porto e tenho de agradecer à instituição que me deu a possibilidade de sair para jogar. Obviamente, gostava de ter saído antes, por causa do Mundial, para não perder tanto terreno, mas entendo que os momentos dos clubes são mais importantes.
Ganhou títulos em todos os clubes que passou. O que espera conseguir no Celta?
-Trabalho para levar o clube o mais alto possível. O próximo ano será o segundo no clube e seria muito bom ter a possibilidade de chegar a uma Taça. Seria muito bonito e importante para a instituição. Oxalá possamos estar à altura disso. Sabemos que temos de corrigir muitas coisas, somos um plantel novo, com muitas mudanças, com jogadores que chegaram em cima do campeonato e isso tornou mais difícil corrigir algumas coisas e melhorar. Mas à medida que os jogos foram passando, seguramente que vamos subir de forma.
Falta pouco tempo para o Mundial. Acredita que no Celta está outra vez mais perto da seleção?
-Jogando é sempre mais fácil. Obviamente que tenho de render no clube e tratar de fazer as coisas bem. Hoje em dia o nível dos guarda-redes argentinos é muito bom e há muita concorrência. Quando terminou a Copa América sentia-me parte do processo, tinha estado nos três anos, era uma realidade totalmente diferente da de agora. Estive um ano sem jogar, um ano sem ser convocado por causa de não jogar e, obviamente, é mais difícil. Mas há sempre esperança e vou trabalhar para poder ter a possibilidade de estar.