Central francês e dragões já acertaram condições do regresso. Faltam os exames médicos e a desvinculação do City.
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Mangala está mais próximo de ser reforço do FC Porto. Há ainda algumas questões por resolver e, a mais importante de todas, averiguar a condição física do jogador após grave lesão, mas o defesa-central francês já tem acordo total com os dragões e, a esse nível, não haverá qualquer tipo de entrave.
No Dragão, Mangala foi duas vezes campeão (2011/12 e 2012/13) e ganhou três Supertaças
As questões contratuais, sabe O JOGO, estão resolvidas, com Mangala a aceitar reduzir substancialmente o salário que aufere no City em troca de voltar a uma casa que conhece bem e, acredita, lhe possibilitará relançar a carreira. Para que o contrato seja assinado é ainda preciso que o jogador rescinda com o Manchester City. Essa é uma tarefa para o francês e o seu atual representante.
Com mais um ano de contrato nos citizens, Mangala sabe que não volta a jogar às ordens de Guardiola e está a forçar a mudança. Mas o clube inglês gastou 40 milhões de euros na compra do seu passe e a questão não está apenas na desvinculação, mas antes na possibilidade de ainda recuperar algum dinheiro, como sucedeu na época anterior, quando o emprestou ao Everton. A mudança para o FC Porto só mesmo a custo zero e é nesse sentido que as partes estão a trabalhar. Há, no entanto, uma crença muito forte de que isso se pode conseguir em breve e que Mangala seja o primeiro reforço para 2019/20 a ser apresentado.
Mais delicada é a situação física do central. Ou melhor, a avaliação rigorosa que tem e está a ser feita, em vários parâmetros. Do ponto de vista clínico, Mangala estará apto, tendo em conta que já recuperou em novembro de 2018. Mas teve um novo problema em janeiro e voltou a parar quase três meses. Supostamente, voltou a recuperar, mas ao todo somou cinco desafios apenas no último ano e meio, e todos na equipa de sub-23 do Manchester City, o que é muito pouco para a fiabilidade que o FC Porto exige num momento em que os dois centrais mais utilizados da época passada (Militão e Felipe) deixaram o clube.
Mangala foi fustigado com lesões, mas está na idade "ideal" para render. Aliás, o francês é mais novo dois anos do que Felipe, que saiu para o Atlético
Certo é também que os dragões não estão dispostos a investir muito capital na contratação de centrais e não querem aplicar o dinheiro com risco. Daí a obrigatoriedade de monitorizar o jogador em todos os parâmetros. Mesmo que a custo zero, o francês aufere de um salário acima da média e o FC Porto só está disposto a pagá-lo se tiver a certeza de que este pode jogar todas as épocas do contrato sem qualquer recaída ou limitação decorrente de algum problema anterior.
É possível que tudo seja concluído até ao final da semana, tendo em conta que o processo tem avançado com velocidade e todas as partes querem encerrar de vez este assunto. O jogador quer ir de férias descansado e Sérgio Conceição quer ter um novo defesa-central o quanto antes.
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O esquerdino que Sérgio Conceição quer
Não é preciso apresentar Mangala aos leitores. Já toda a gente conhece o portista e o perfil é de total agrado de Sérgio Conceição. Mangala permite manter o poder no jogo aéreo, é tão ou mais forte fisicamente do que Felipe e Militão e acrescenta uma vantagem: é esquerdino. Nesta procura por um central, os dragões dão privilégio a um que jogue pela esquerda e, se possível, seja esquerdino, para equilibrar o plantel a esse nível e fazer o contraponto com Pepe. Mangala reúne, por isso, todos os requisitos.