Luz divide-se e Schmidt consegue o que não se via há algum tempo

Desde o episódio no final do jogo com o Farense que já se esperava um ambiente tenso ontem no Estádio da Luz. Rui Costa falou durante a semana e disse aos adeptos que aceitava as críticas, mas que havia limites a não ser ultrapassados. A resposta chegou ontem, com uma mensagem vinda do topo sul da Luz, ao minuto 33, quando as águias já perdiam por 0-1, com uma tarja dos No Name onde se lia: “Presidente, o nosso amor não tem limite”. Ao mesmo tempo, os elementos da claque acenderam uma dezena de tochas que foram atiradas para o relvado, na zona onde estava Trubin, e levou a que o árbitro da partida parasse o jogo cerca de quatro minutos. Ouviram-se ainda insultos contra o treinador Roger Schmidt. Cerca de um minuto depois, mais duas tochas foram lançadas ao relvado, sendo que Trubin foi ainda apagar algumas delas.

Mas o momento não foi consensual entre quem assistiu, as restantes bancadas da Luz assobiaram fortemente o gesto da claque encarnada e gritaram em conjunto “palhaços”, enquanto entoavam cânticos de apoio à equipa que se repetiram ao longo do jogo.

Já Roger Schmidt começou a tarde a ser assobiado quando o seu nome foi anunciado nos altifalantes da Luz, ouviu outra ronda quando decidiu tirar Bah, lesionado, para meter Álvaro Carreras, mas conseguiu o que não se via há algum tempo. Com a  vitória consumada, as bancadas aplaudiram a equipa no final e o treinador saiu sem ouvir novos assobios.

Quanto ao jogo, o Benfica venceu por 3-1, após uma reviravolta com um bis de Marcos Leonardo e um golo de Neres.